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29/03/2003
-
07h24
da Agência Folha
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) realizou ontem e anteontem suas primeiras invasões de terra em Pernambuco desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o movimento, o número de invasões irá "acelerar" no mês que vem.
Anteontem, cerca de 300 famílias invadiram a fazenda Barra Verde, no município de Pedra, e outras 70 acamparam na fazenda Mauricéia, em Passira. Ontem, a fazenda Feijão, em Belmonte, foi invadida por 160 famílias.
O objetivo, diz o MST, é pressionar o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a vistoriar as fazendas, que seriam improdutivas, e dar início ao processo de desapropriação.
O movimento sustenta ainda que as invasões estão ocorrendo por "necessidade", já que, com a chegada do período de chuva na região, os agricultores precisam iniciar o plantio imediatamente.
A desapropriação dessas fazendas estaria sendo reivindicada pelo MST há mais de um ano, segundo o movimento. A assessoria do Incra não foi localizada para comentar as invasões.
Jaime Amorim, da direção nacional do MST, disse que as invasões irão "acelerar" em abril. O motivo, afirmou ele, é o aniversário de sete anos do massacre de Eldorado do Carajás (PA), ocorrido em 17 de abril de 1996.
"Sempre fazemos mais manifestações nessa época", disse Amorim. "Onde tiver latifúndio, vamos estar ocupando."
Apesar de essas serem as primeiras invasões do ano no Estado, o MST já havia promovido uma manifestação para reivindicar agilidade no processo de reforma agrária no início de março.
Mulheres ligadas ao MST e à CPT (Comissão Pastoral da Terra) invadiram a sede do Incra em Recife no dia 7 de março, pedindo também mais assistência aos assentados. Cerca de mil lavradoras, segundo as entidades, participaram da manifestação, que durou seis horas e foi realizada no Dia Internacional da Mulher.
MST invade 3 fazendas em PE e diz que ações vão aumentar
MAURO ALBANOda Agência Folha
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) realizou ontem e anteontem suas primeiras invasões de terra em Pernambuco desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o movimento, o número de invasões irá "acelerar" no mês que vem.
Anteontem, cerca de 300 famílias invadiram a fazenda Barra Verde, no município de Pedra, e outras 70 acamparam na fazenda Mauricéia, em Passira. Ontem, a fazenda Feijão, em Belmonte, foi invadida por 160 famílias.
O objetivo, diz o MST, é pressionar o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a vistoriar as fazendas, que seriam improdutivas, e dar início ao processo de desapropriação.
O movimento sustenta ainda que as invasões estão ocorrendo por "necessidade", já que, com a chegada do período de chuva na região, os agricultores precisam iniciar o plantio imediatamente.
A desapropriação dessas fazendas estaria sendo reivindicada pelo MST há mais de um ano, segundo o movimento. A assessoria do Incra não foi localizada para comentar as invasões.
Jaime Amorim, da direção nacional do MST, disse que as invasões irão "acelerar" em abril. O motivo, afirmou ele, é o aniversário de sete anos do massacre de Eldorado do Carajás (PA), ocorrido em 17 de abril de 1996.
"Sempre fazemos mais manifestações nessa época", disse Amorim. "Onde tiver latifúndio, vamos estar ocupando."
Apesar de essas serem as primeiras invasões do ano no Estado, o MST já havia promovido uma manifestação para reivindicar agilidade no processo de reforma agrária no início de março.
Mulheres ligadas ao MST e à CPT (Comissão Pastoral da Terra) invadiram a sede do Incra em Recife no dia 7 de março, pedindo também mais assistência aos assentados. Cerca de mil lavradoras, segundo as entidades, participaram da manifestação, que durou seis horas e foi realizada no Dia Internacional da Mulher.
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