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02/04/2003
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06h39
O número de invasões de propriedades mais do que quadruplicou no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.
De 1º janeiro a 31 de março, a Ouvidoria Agrária Nacional contabilizou 41 invasões. No primeiro trimestre do ano passado, foram apenas dez.
Em relação ao primeiro trimestre de 2001, porém, o número de invasões caiu. De janeiro a março daquele ano, foram 49 ações. Naquele período já vigorava a medida provisória que proíbe vistorias em terras invadidas e exclui os invasores da reforma agrária.
Antes de a MP entrar em vigor, o número de invasões nos primeiros trimestres já superava o verificado neste ano. Por exemplo, em 1996 (dado mais antigo fornecido pelo Incra), foram 62 invasões nos primeiros três meses. De 1997 a 2000, os totais de invasões nos primeiros trimestres foram, na ordem: 199, 148, 111 e 57.
Pernambuco, palco de 12 invasões de fazendas promovidas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) desde a quinta-feira passada, concentra o maior número de ações no país.
Em nota, o MST afirma que as invasões são uma forma de "cobrar maior rapidez no processo de desapropriação dos latifúndios improdutivos".
Um dos líderes nacionais do MST, João Paulo Rodrigues disse que o crescimento do número de invasões é "normal, pela expectativa gerada pelo PT durante o processo eleitoral".
Ele declarou ainda que o número de ações no primeiro trimestre deste ano superou o do segundo semestre do ano passado porque "não havia mais esperanças dos sem-terra no projeto de reforma agrária de Fernando Henrique".
Segundo o engenheiro agrônomo Horácio Martins de Carvalho, ex-presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária), falta uma ação clara do governo federal. "Você não vê do governo nenhum gesto simbólico de que vai começar o processo de assentamento. Isso criou a frustração de uma esperança que estava potencializada."
Além de terras, sem-terra também tomaram como alvo de invasões neste ano agências de bancos públicos, prédios do Incra (em Mato Grosso, Goiás, Pernambuco e Pará), promoveram bloqueios de rodovias (com destaque para uma em AL, em que um secretário de Estado foi feito refém) e até o fechamento de uma praça de pedágio no PR.
Invasões deste ano quadruplicam em relação ao 1º trimestre de 2002
da Agência FolhaO número de invasões de propriedades mais do que quadruplicou no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.
De 1º janeiro a 31 de março, a Ouvidoria Agrária Nacional contabilizou 41 invasões. No primeiro trimestre do ano passado, foram apenas dez.
Em relação ao primeiro trimestre de 2001, porém, o número de invasões caiu. De janeiro a março daquele ano, foram 49 ações. Naquele período já vigorava a medida provisória que proíbe vistorias em terras invadidas e exclui os invasores da reforma agrária.
Antes de a MP entrar em vigor, o número de invasões nos primeiros trimestres já superava o verificado neste ano. Por exemplo, em 1996 (dado mais antigo fornecido pelo Incra), foram 62 invasões nos primeiros três meses. De 1997 a 2000, os totais de invasões nos primeiros trimestres foram, na ordem: 199, 148, 111 e 57.
Pernambuco, palco de 12 invasões de fazendas promovidas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) desde a quinta-feira passada, concentra o maior número de ações no país.
Em nota, o MST afirma que as invasões são uma forma de "cobrar maior rapidez no processo de desapropriação dos latifúndios improdutivos".
Um dos líderes nacionais do MST, João Paulo Rodrigues disse que o crescimento do número de invasões é "normal, pela expectativa gerada pelo PT durante o processo eleitoral".
Ele declarou ainda que o número de ações no primeiro trimestre deste ano superou o do segundo semestre do ano passado porque "não havia mais esperanças dos sem-terra no projeto de reforma agrária de Fernando Henrique".
Segundo o engenheiro agrônomo Horácio Martins de Carvalho, ex-presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária), falta uma ação clara do governo federal. "Você não vê do governo nenhum gesto simbólico de que vai começar o processo de assentamento. Isso criou a frustração de uma esperança que estava potencializada."
Além de terras, sem-terra também tomaram como alvo de invasões neste ano agências de bancos públicos, prédios do Incra (em Mato Grosso, Goiás, Pernambuco e Pará), promoveram bloqueios de rodovias (com destaque para uma em AL, em que um secretário de Estado foi feito refém) e até o fechamento de uma praça de pedágio no PR.
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