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10/04/2003
-
07h01
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), mudou o tom em relação à gestão Lula diante de "decisões tecnicistas" que ele afirma estarem prejudicando o Estado. Ele disse ontem que não deseja aos governadores do PT o mesmo tratamento que está recebendo do governo.
A declaração, feita durante entrevista, foi em resposta à lembrança de que, na campanha, Luiz Inácio Lula da Silva dissera que, se Aécio fosse eleito, o trataria como se fosse um governador do PT.
"Olha, eu não desejo essa sorte para o governo do PT", disse ele, contemporizando um pouco depois, mas também cobrando, ao dizer que Lula tem sido "um amigo extremamente afetuoso" e que o presidente "reconhece a importância de Minas no seu projeto de governo e o apoio enorme que teve do Estado" na eleição passada.
"Estou fazendo meu papel: alertando o governo federal para o esforço que estamos fazendo aqui."
Ele reclama das multas aplicadas a Minas por não ter cumprido as metas fiscais em 2001 -no valor de R$ 36 milhões- e pela eventual multa referente a 2002. E do fato de o governo estar considerando receita a estadualização das rodovias federais em 2002.
Aécio afirmou que vai participar ativamente das decisões no Congresso. Quis dizer com isso que a bancada de Minas está afinada com ele e, dependendo do que ocorrer, pode não estar com o governo federal, conforme apurou a Agência Folha.
"Nós não temos buscado nenhum tratamento diferenciado e tampouco qualquer excepcionalidade para Minas. (...) Não podemos ter decisões tecnicistas comprometendo o processo de ajuste que Minas vem fazendo."
E acrescentou: "Não posso ter um governo sistematicamente criando obstáculos a Minas. Já disse isso a José Dirceu [ministro da Casa Civil] e reiterei a Palocci [Antonio Palocci Filho, Fazenda], mas tenho uma grande expectativa de que haverá compreensão por parte do governo federal."
Em recado a Lula, Aécio afirma que não deseja sua "sorte" aos petistas
PAULO PEIXOTOda Agência Folha, em Belo Horizonte
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), mudou o tom em relação à gestão Lula diante de "decisões tecnicistas" que ele afirma estarem prejudicando o Estado. Ele disse ontem que não deseja aos governadores do PT o mesmo tratamento que está recebendo do governo.
A declaração, feita durante entrevista, foi em resposta à lembrança de que, na campanha, Luiz Inácio Lula da Silva dissera que, se Aécio fosse eleito, o trataria como se fosse um governador do PT.
"Olha, eu não desejo essa sorte para o governo do PT", disse ele, contemporizando um pouco depois, mas também cobrando, ao dizer que Lula tem sido "um amigo extremamente afetuoso" e que o presidente "reconhece a importância de Minas no seu projeto de governo e o apoio enorme que teve do Estado" na eleição passada.
"Estou fazendo meu papel: alertando o governo federal para o esforço que estamos fazendo aqui."
Ele reclama das multas aplicadas a Minas por não ter cumprido as metas fiscais em 2001 -no valor de R$ 36 milhões- e pela eventual multa referente a 2002. E do fato de o governo estar considerando receita a estadualização das rodovias federais em 2002.
Aécio afirmou que vai participar ativamente das decisões no Congresso. Quis dizer com isso que a bancada de Minas está afinada com ele e, dependendo do que ocorrer, pode não estar com o governo federal, conforme apurou a Agência Folha.
"Nós não temos buscado nenhum tratamento diferenciado e tampouco qualquer excepcionalidade para Minas. (...) Não podemos ter decisões tecnicistas comprometendo o processo de ajuste que Minas vem fazendo."
E acrescentou: "Não posso ter um governo sistematicamente criando obstáculos a Minas. Já disse isso a José Dirceu [ministro da Casa Civil] e reiterei a Palocci [Antonio Palocci Filho, Fazenda], mas tenho uma grande expectativa de que haverá compreensão por parte do governo federal."
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