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10/04/2003 - 13h46

Decisão sobre ICMS "fica para depois", dizem governadores

RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

Os governadores de cinco Estados reunidos hoje com os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e da Previdência, Ricardo Berzoini, concordam que a questão da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na origem ou no destino seja discutida separadamente da proposta de reforma tributária _que deverá ser enviada na próxima semana ao Congresso Nacional.

"Isso não vai ser discutido nesse momento. Eu acho que em relação ao ICMS o que vai ser discutido e feito é a unificação da legislação do imposto", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

Participaram do encontro, além de Alckmin, os governadores Germano Rigotto (PMDB-RS), Aécio Neves (PSDB-MG), José Orcírio dos Santos (PT-MS) e Paulo Hartung (PSB-ES).

Segundo Alckmin, a questão é muito complexa e ficará para um segundo momento. Por enquanto, não existe consenso entre os governadores quanto à cobrança do ICMS na origem ou no destino. Se a cobrança for feita no destino, Alckmin diz que Estados como São Paulo e Amazonas, seriam prejudicados, pelo fato de serem exportadores.

"Nós não somos contra mudar a cobrança da origem para o destino. O que precisa é haver compensação para os chamados Estados exportadores líquidos. Construído esse mecanismo de compensação não teria nenhum problema", declarou.

Na terça-feira passada (8), o governador paulista havia sinalizado que poderia aceitar as perdas com o ICMS.

Germano Rigotto, que antes defendia uma definição logo da questão da cobrança do imposto, agora também concorda com o adiamento da discussão. De acordo com ele, a reforma tributária em si é muito mais importante do que essa questão.

"Esse ponto não deve barrar a reforma e todos os seus avanços que teremos com ela. Nós poderemos ter uma proposta de emenda apresentada ao Congresso, mantendo a origem, e dentro do Legislativo conseguirmos avançar na direção do destino", afirmou Rigotto.

O governador gaúcho, que presidiu a comissão especial da Câmara, que tratou da reforma na legislatura passada, elogiou a "determinação" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tocar as reformas tributária e da Previdência.

"É claro que numa República presidencialista o Executivo tem que caminhar ao lado do Congresso. Na legislatura passada, nós tivemos problemas porque o governo optou por fazer remendos fiscais e não fazer uma reforma estrutural. Eu sinto determinação do presidente Lula para fazer essas reformas. Isso é muito importante para vencermos as resistências e tê-las aprovadas no Congresso", declarou Rigotto.

Na próxima quarta-feira (16), o presidente se reúne com todos os 27 governadores para finalizar as propostas de reformas e, em seguida, encaminhá-las ao Congresso Nacional.
 

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