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12/04/2003 - 16h08

Arcanjo pode ficar preso no Uruguai

HUDSON CORRÊA
da Agência Folha

O juiz federal em Mato Grosso Julier Sebastião da Silva marcou para o próximo dia 25 o interrogatório do ''comendador'' João Arcanjo Ribeiro, 51, acusado de ser o chefe de uma organização criminosa com tentáculos em cinco Estados brasileiros. A Justiça uruguaia, no entanto, pode determinar a prisão de Arcanjo no país por ter cometido delitos no Uruguai.

Arcanjo foi preso na última quinta-feira (10) em Montevidéu, no Uruguai, junto com sua mulher Sílvia Chirata e o guarda-costas Antônio Carlos Adair. O jornal ''El País'' do Uruguai publicou hoje que Arcanjo ''deverá cumprir uma larga pena, antes de ser extraditado''.

A DNII (Direção Nacional de Informação e Inteligência) do Uruguai, que fez as prisões, apura o esquema de lavagem de dinheiro montado em território uruguaio. O ''comendador'' usava identidade falsa naquele país com o nome de Alexandre Juvenile.

Ainda segundo o ''El País'' foi descoberta uma conta bancária de Arcanjo no valor de US$ 180 mil na cidade uruguaia de Salto, onde o ''comendador'' compraria uma propriedade rural. Foram apreendidos documentos em um escritório.

Arcanjo e sua mulher são, segundo a Polícia Federal, donos das offshores (empresas com sede virtual em paraíso fiscal) Lyman e Aveyron S.A situadas em território uruguaio.

As empresas recebiam dinheiro de ''atividades ilícitas'' como jogo do bicho e exploração de máquinas caça-niquéis e garantiam empréstimos para Arcanjo em Cuiabá.

A Polícia Federal investiga a movimentação suspeita de US$ 30 milhões por meio de operações feitas por Arcanjo no Uruguai.

O Ministério da Justiça enviou ontem os primeiros documentos para extradição de Arcanjo, que ficaria recluso em um presídio comum de Cuiabá.

Segundo a assessoria do ministério, o governo brasileiro trabalha com a hipótese da extradição demorar no máximo três dias.
 

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