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17/04/2003 - 08h21

Defesa de ACM não afeta apuração, diz delegado

da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Agência Folha, em Salvador

O depoimento por escrito do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) ao Conselho de Ética do Senado, anteontem, não altera em nada o andamento do inquérito aberto pela Polícia Federal em fevereiro para investigar a escuta clandestina de telefones celulares na Bahia.

A observação foi feita ontem pelo delegado federal que comanda as investigações, Gesival Gomes.

Quatro pessoas, entre as 40 que já foram ouvidas, citam o senador como mandante dos grampos.

O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que pediu a abertura do inquérito, atribui a responsabilidade a ACM, mas isso não consta de seu depoimento formal sobre o caso.

Segundo o delegado Gomes, "o que ocorreu no Conselho de Ética não altera nada que é feito no inquérito".

No depoimento por escrito, o senador baiano refuta os supostos indícios sugeridos pelo deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) e pelo ex-deputado Benito Gama (PMDB-BA) de que ele seria mandante dos grampos. Segundo ACM, os dois deram declarações movidos por um duelo político local.

O delegado da PF afirma que deve ouvir ACM antes de decidir se o depoimento por escrito dele ao Conselho de Ética será anexado aos autos. ACM será convidado a depor pelo delegado e, por ser senador, terá a prerrogativa de escolher data, local e horário. Segundo Gomes, o senador só deve prestar depoimento em junho.

Clonagem

O delegado da PF teve seu telefone celular clonado em Brasília, de acordo com informações da própria Polícia Federal. Ontem pela manhã, a operadora da linha usada pelo delegado encaminhou à PF um relatório informando que detectou o clone, após efetuar uma varredura em números pertencentes a funcionários públicos.

Segundo a operadora, o clone (habilitação de um número já existente) é utilizado normalmente por pessoas que não querem pagar as tarifas. Após a clonagem, existe a possibilidade de as conversas telefônicas serem grampeadas. "Devido às proporções do escândalo baiano, acredito que o meu telefone foi clonado para fins de grampo", disse o delegado.
 

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