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21/08/2000
-
05h20
RALPH MACHADO, da Folha de S.Paulo
As eleições em São Paulo desde 1985 acabaram sendo dominadas por dois ou três candidatos. Ainda assim, o número de inscritos para a disputa paulistana de 2000 chegou a um recorde.
Ao todo, 16 candidatos estão concorrendo na sucessão municipal deste ano. Nove dos inscritos não chegam a atingir 1% das intenções de voto em pesquisas feitas pelo Datafolha -dois deles (Canindé Pegado, do PGT, e Osmar Lins, do PAN), aliás, nem sequer foram citados pelos entrevistados nos últimos três levantamentos do Datafolha.
Os resultados apurados pelo TRE compilados pela Fundação Seade indicam, no entanto, que o grupo de candidatos com menos de 1% dos votos tem, em conjunto, aumentado sua participação nas eleições em São Paulo.
Em 1985, os votos obtidos por sete candidatos somaram 1,28% do total. Em
1988, nove candidatos obtiveram juntos 1,67%. Em 1992, cinco candidatos somaram 1,33% dos votos. Em 1996, sete candidatos obtiveram juntos 2,01%.
Do grupo com menos de 1% dos votos, quem mais disputou a sucessão paulistana foi José Maria Eymael, que concorreu pelo PDC em três oportunidades consecutivas (1985, 1988 e 1992).
Em 1985, Jânio Quadros (PTB), morto em 1992, saiu vencedor, com Fernando Henrique Cardoso (então no PMDB) em segundo lugar. Em 1988, Luiza Erundina, então no PT, venceu a disputa contra Paulo Maluf, então no PDS, e João Oswaldo Leiva (PMDB), morto neste ano.
O melhor desempenho de Eymael nas urnas aconteceu em 1992, quando obteve 0,51% dos votos e acabou em quarto lugar entre nove candidatos. Naquele ano, Maluf, ainda no PDS, derrotou Suplicy no segundo turno.
Dois candidatos dividem o pior desempenho nas eleições paulistanas desde 1985: Dorival Masci de Abreu (PTN) e Pedro de Camillo Neto (PSC). Rogê Ferreira, morto em 1991, desistiu de concorrer pelo PSB em 1985 depois de inscrito e apareceu com zero voto.
Em 1996, cada um deles obteve apenas 0,03% dos votos. Em número de votos, porém, Abreu foi melhor do que Camillo Neto: teve o apoio de 1.738 eleitores, contra 1.451 do candidato do PSC.
Neste ano, a família Abreu e o PTN estão novamente representados na disputa. O deputado federal José de Abreu, irmão de Dorival e único representante do PTN na Câmara, concorre à prefeitura. De acordo com o levantamento do Datafolha feito na última quinta, ele não chega a 1% das intenções de voto.
O melhor desempenho entre os candidatos com menos de 1% dos votos é de Havanir Nimtz, do Prona. Valendo-se também do bordão de Enéas Carneiro, líder máximo do partido, Havanir chegou a 52.328 votos em 1996, o equivalente a 0,93% do total.
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Pelotão com menos de 1% cresce, mas não aparece
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As eleições em São Paulo desde 1985 acabaram sendo dominadas por dois ou três candidatos. Ainda assim, o número de inscritos para a disputa paulistana de 2000 chegou a um recorde.
Ao todo, 16 candidatos estão concorrendo na sucessão municipal deste ano. Nove dos inscritos não chegam a atingir 1% das intenções de voto em pesquisas feitas pelo Datafolha -dois deles (Canindé Pegado, do PGT, e Osmar Lins, do PAN), aliás, nem sequer foram citados pelos entrevistados nos últimos três levantamentos do Datafolha.
Os resultados apurados pelo TRE compilados pela Fundação Seade indicam, no entanto, que o grupo de candidatos com menos de 1% dos votos tem, em conjunto, aumentado sua participação nas eleições em São Paulo.
Em 1985, os votos obtidos por sete candidatos somaram 1,28% do total. Em
1988, nove candidatos obtiveram juntos 1,67%. Em 1992, cinco candidatos somaram 1,33% dos votos. Em 1996, sete candidatos obtiveram juntos 2,01%.
Do grupo com menos de 1% dos votos, quem mais disputou a sucessão paulistana foi José Maria Eymael, que concorreu pelo PDC em três oportunidades consecutivas (1985, 1988 e 1992).
Em 1985, Jânio Quadros (PTB), morto em 1992, saiu vencedor, com Fernando Henrique Cardoso (então no PMDB) em segundo lugar. Em 1988, Luiza Erundina, então no PT, venceu a disputa contra Paulo Maluf, então no PDS, e João Oswaldo Leiva (PMDB), morto neste ano.
O melhor desempenho de Eymael nas urnas aconteceu em 1992, quando obteve 0,51% dos votos e acabou em quarto lugar entre nove candidatos. Naquele ano, Maluf, ainda no PDS, derrotou Suplicy no segundo turno.
Dois candidatos dividem o pior desempenho nas eleições paulistanas desde 1985: Dorival Masci de Abreu (PTN) e Pedro de Camillo Neto (PSC). Rogê Ferreira, morto em 1991, desistiu de concorrer pelo PSB em 1985 depois de inscrito e apareceu com zero voto.
Em 1996, cada um deles obteve apenas 0,03% dos votos. Em número de votos, porém, Abreu foi melhor do que Camillo Neto: teve o apoio de 1.738 eleitores, contra 1.451 do candidato do PSC.
Neste ano, a família Abreu e o PTN estão novamente representados na disputa. O deputado federal José de Abreu, irmão de Dorival e único representante do PTN na Câmara, concorre à prefeitura. De acordo com o levantamento do Datafolha feito na última quinta, ele não chega a 1% das intenções de voto.
O melhor desempenho entre os candidatos com menos de 1% dos votos é de Havanir Nimtz, do Prona. Valendo-se também do bordão de Enéas Carneiro, líder máximo do partido, Havanir chegou a 52.328 votos em 1996, o equivalente a 0,93% do total.
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