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28/04/2003
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09h25
Free-lance para a Folha de S.Paulo, em Campinas
A CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores) aprovou ontem um documento em que pede ao governo que não apresente a proposta da reforma da Previdência para o Congresso na próxima quarta-feira.
A central quer mais tempo para que sejam discutidos pontos divergentes da proposta, como o teto da aposentadoria -para os representantes da entidade deveria ser de 20 salários mínimos- e a cobrança dos inativos.
No plano, estão previstas também caravanas a Brasília a partir de hoje.
O texto foi concluído durante o 10º Congresso da CUT-SP, realizado anteontem em São Pedro (198 km de São Paulo), em que foi eleito o novo presidente estadual da entidade, o químico Edilson de Paula Oliveira, 39, ex-presidente da Confederação Nacional dos Químicos de São Paulo.
Oliveira diz acreditar que "o que governo falou até agora sobre a reforma da Previdência não passa de ensaio". Ele acha que o governo só vai apresentar o texto integral da reforma após discutir com os trabalhadores. "Lula deixou claro que não ia tomar uma posição sem voltar a conversar com as centrais [sindicais]."
Segundo Oliveira, esse 1º de Maio vai ter "um perfil mais propositivo que de protesto, já que hoje nós temos, no governo federal, uma política de diálogo com a sociedade. Isso não quer dizer que nós somos governo, nós temos responsabilidades por esse governo, mas nós só o apoiaremos no que acharmos positivo para nós".
Ele defende também que não haja pressão sobre o governo no início do mandato e que os trabalhadores não adotem já uma postura crítica. "Não dá para chegar e mudar tudo de uma vez. Um choque, como muitos defendem, poderia fazer do Brasil uma nova Argentina", disse Oliveira.
O presidente eleito defende que o sindicato tenha posturas diferenciadas diante dos governos de Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva, isso porque Lula teria crédito pelo seu passado e pelo fato de estar propondo diálogo com a sociedade.
Segundo ele, o governo Alckmin não dialoga com os trabalhadores. "A partir de agora, nós vamos cobrar uma audiência com o governador para abrir um diálogo, porque isso nunca ocorreu nesse governo", afirmou.
A principal reivindicação em relação ao governo estadual é que também sejam iniciadas as reformas no Estado.
CUT-SP pede tempo para reformas
CLAUDIO LIZA JUNIORFree-lance para a Folha de S.Paulo, em Campinas
A CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores) aprovou ontem um documento em que pede ao governo que não apresente a proposta da reforma da Previdência para o Congresso na próxima quarta-feira.
A central quer mais tempo para que sejam discutidos pontos divergentes da proposta, como o teto da aposentadoria -para os representantes da entidade deveria ser de 20 salários mínimos- e a cobrança dos inativos.
No plano, estão previstas também caravanas a Brasília a partir de hoje.
O texto foi concluído durante o 10º Congresso da CUT-SP, realizado anteontem em São Pedro (198 km de São Paulo), em que foi eleito o novo presidente estadual da entidade, o químico Edilson de Paula Oliveira, 39, ex-presidente da Confederação Nacional dos Químicos de São Paulo.
Oliveira diz acreditar que "o que governo falou até agora sobre a reforma da Previdência não passa de ensaio". Ele acha que o governo só vai apresentar o texto integral da reforma após discutir com os trabalhadores. "Lula deixou claro que não ia tomar uma posição sem voltar a conversar com as centrais [sindicais]."
Segundo Oliveira, esse 1º de Maio vai ter "um perfil mais propositivo que de protesto, já que hoje nós temos, no governo federal, uma política de diálogo com a sociedade. Isso não quer dizer que nós somos governo, nós temos responsabilidades por esse governo, mas nós só o apoiaremos no que acharmos positivo para nós".
Ele defende também que não haja pressão sobre o governo no início do mandato e que os trabalhadores não adotem já uma postura crítica. "Não dá para chegar e mudar tudo de uma vez. Um choque, como muitos defendem, poderia fazer do Brasil uma nova Argentina", disse Oliveira.
O presidente eleito defende que o sindicato tenha posturas diferenciadas diante dos governos de Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva, isso porque Lula teria crédito pelo seu passado e pelo fato de estar propondo diálogo com a sociedade.
Segundo ele, o governo Alckmin não dialoga com os trabalhadores. "A partir de agora, nós vamos cobrar uma audiência com o governador para abrir um diálogo, porque isso nunca ocorreu nesse governo", afirmou.
A principal reivindicação em relação ao governo estadual é que também sejam iniciadas as reformas no Estado.
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