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02/05/2003
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06h38
Os 14 senadores do PT vão recorrer ao plenário para derrubar a decisão da Mesa que recusou o pedido de abertura de processo por quebra de decoro contra o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), aprovado anteontem pelo Conselho de Ética.
Segundo Paulo Paim, 1º vice-presidente do Senado, que votou contra a proposta da Mesa de limitar a punição de ACM a uma censura escrita, a opção de levar o caso ao plenário foi discutida antes mesmo da reunião da Mesa, na noite da quarta-feira.
"Conversei com o líder, senador Tião Viana, assim que convocaram a reunião [na manhã da quarta-feira]. Ele disse que o partido não aceitaria um encaminhamento diferente do que foi decidido no conselho", disse.
O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (PSDB-BA), em reunião do partido na próxima terça, vai pedir que os tucanos sigam as providências já anunciadas pelos petistas. "Foi um absurdo o que aconteceu. Isso é um corporativismo indecente, que só faz fortalecer a impunidade", disse Jutahy.
Ao apreciar a decisão do conselho, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), propôs que a Mesa tratasse do assunto dividindo-o em duas partes.
Quanto à apreciação do suposto envolvimento de ACM com o caso dos grampos telefônicos na Bahia, sugeriu transformar a denúncia em uma notícia crime e encaminhá-la ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Argumentou que, na época em que as escutas foram feitas, ACM não era senador, o que tornaria a Justiça -no foro privilegiado-, e não o Senado, a instância para um processo.
Em um segundo desdobramento, Sarney sugeriu a aplicação de uma censura escrita ao baiano pela divulgação de "documentos de origem duvidosa" por ele a um jornalista, dentro do Senado.
ACM confirma ter entregue ao jornalista da revista "IstoÉ" Luiz Cláudio Cunha relatório com supostas transcrições de conversas telefônicas do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) gravadas ilegalmente.
Autor do pedido de investigação à PF sobre o grampo, Geddel atacou duramente a decisão da Mesa do Senado. "José Sarney despiu-se da condição de presidente do Senado para se tornar comparsa num crime. É vergonhoso aproveitar um dia em que o presidente vem ao Congresso para fazer uma reunião às pressas e tentar minimizar o efeito dessa decisão criminosa na mídia."
Petistas vão ao plenário contra ACM
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaOs 14 senadores do PT vão recorrer ao plenário para derrubar a decisão da Mesa que recusou o pedido de abertura de processo por quebra de decoro contra o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), aprovado anteontem pelo Conselho de Ética.
Segundo Paulo Paim, 1º vice-presidente do Senado, que votou contra a proposta da Mesa de limitar a punição de ACM a uma censura escrita, a opção de levar o caso ao plenário foi discutida antes mesmo da reunião da Mesa, na noite da quarta-feira.
"Conversei com o líder, senador Tião Viana, assim que convocaram a reunião [na manhã da quarta-feira]. Ele disse que o partido não aceitaria um encaminhamento diferente do que foi decidido no conselho", disse.
O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (PSDB-BA), em reunião do partido na próxima terça, vai pedir que os tucanos sigam as providências já anunciadas pelos petistas. "Foi um absurdo o que aconteceu. Isso é um corporativismo indecente, que só faz fortalecer a impunidade", disse Jutahy.
Ao apreciar a decisão do conselho, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), propôs que a Mesa tratasse do assunto dividindo-o em duas partes.
Quanto à apreciação do suposto envolvimento de ACM com o caso dos grampos telefônicos na Bahia, sugeriu transformar a denúncia em uma notícia crime e encaminhá-la ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Argumentou que, na época em que as escutas foram feitas, ACM não era senador, o que tornaria a Justiça -no foro privilegiado-, e não o Senado, a instância para um processo.
Em um segundo desdobramento, Sarney sugeriu a aplicação de uma censura escrita ao baiano pela divulgação de "documentos de origem duvidosa" por ele a um jornalista, dentro do Senado.
ACM confirma ter entregue ao jornalista da revista "IstoÉ" Luiz Cláudio Cunha relatório com supostas transcrições de conversas telefônicas do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) gravadas ilegalmente.
Autor do pedido de investigação à PF sobre o grampo, Geddel atacou duramente a decisão da Mesa do Senado. "José Sarney despiu-se da condição de presidente do Senado para se tornar comparsa num crime. É vergonhoso aproveitar um dia em que o presidente vem ao Congresso para fazer uma reunião às pressas e tentar minimizar o efeito dessa decisão criminosa na mídia."
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