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Na Câmara, PDT sinaliza apoio a Temer e rompe acordo com Aldo
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Favorito na disputa pela presidência da Câmara, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) já obteve mais uma vitória: a sinalização do PDT de que o partido o apoiará. Temer conversou com o ministro Carlos Lupi (Trabalho) que indicou que seu partido deverá romper o apoio à candidatura do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) para ficar ao seu lado.
"É muito provável que o PDT venha conosco", afirmou Temer, um dos poucos parlamentares presentes hoje no Congresso. "O ministro Carlos Lupi disse que há uma tendência de o PDT apoiar a minha candidatura. Mas vamos esperar o partido se manifestar."
Se o PDT apoiar a candidatura de Temer, o peemedebista contará com o maior número de partidos a seu favor em comparação aos demais candidatos à presidência da Câmara. Já oficializaram apoio a Temer o PMDB, PSDB, DEM, PTB, PPS, PR, PV, PSC e PHS.
O peemedebista suspendeu as férias durante o recesso parlamentar para fazer campanha em favor de sua candidatura. Em Brasília, ele dispara telefonemas e quando sabe que um deputado está na Câmara vai até o gabinete para conversar e reforçar o pedido de voto. "Fui a praticamente todos os gabinetes", disse ele.
Segundo Temer, que foi presidente da Câmara, a melhor campanha é baseada em dois pilares: a questão institucional e o diálogo direto com os deputados. Tanto é que o peemedebista dispensa folheto, cartazes ou quaisquer outros suportes que normalmente são utilizados em campanhas eleitorais.
Disputam com Temer a presidência da Câmara os deputados Aldo, Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR). Esquivando-se de polemizar sobre seus concorrentes, o peemedebista disse que essas candidaturas são "normais e naturais".
Para Temer, são poucas as chances de haver a construção de uma candidatura única em torno de seu nome. "Seria muito útil a candidatura única. A minha naturalmente vai até o final", afirmou ele.
Imbróglio
O peemedebista descartou a hipótese de a falta de consenso na disputa pela presidência do Senado contaminar a eleição na Câmara. Segundo ele, são processos independentes e que não interferem entre si. "A dinâmica no Senado é uma e na Câmara, é outra", afirmou ele.
No Senado, o atual presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), já se lançou candidato e quer garantir sua manutenção no cargo. Já o PT insiste no nome do senador Tião Viana (PT-AC). Para governistas e até integrantes da oposição, a candidatura de Garibaldi não teria apoio jurídico.
As disputas na Câmara e no Senado envolvem também os cargos de vice-presidentes e secretários da Mesa Diretora das duas Casas. As eleições no Congresso serão realizadas no dia 2 de fevereiro.
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