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10/05/2003
-
05h21
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O presidente nacional do PT, José Genoino, refutou ontem qualquer alteração na proposta de reforma da Previdência que jogue para os Estados a decisão de tributar ou não os servidores inativos. Genoino disse que o PT vai "bancar a palavra e a assinatura" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no "pacto" que ele fez com os governadores, dos quais cobrou a mesma atitude.
"Essa proposta não existe [transferir para os Estados]. A proposta de reforma da Previdência do presidente Lula, que o PT está defendendo, é a proposta que saiu da reunião dos governadores. Vou deixar muito claro aqui: o que o presidente Lula assina o PT banca. Não há como separar o governo Lula do PT", disse ele em Belo Horizonte, onde se reuniu com integrantes do partido para discutir as relações do PT-MG com o governador Aécio Neves (PSDB-MG) e as reformas.
Genoino cobrou dos governadores: "O que veremos no processo de votação é que os governadores, que têm um pacto com o presidente, que vamos cumprir, coloquem suas bancadas para votar a reforma da Previdência".
Questionado sobre o real poder dos governadores, já que as cúpulas do PFL e PSDB não admitem adesão total às reformas, ele afirmou: "Se eles quiserem, podem influenciar, claro que respeitando a autonomia do Legislativo".
Mesmo dizendo que nenhuma proposta apresentada pelo governo será retirada, Genoino deixou uma porta aberta para eventuais alterações, ao responder a Aécio, que disse que o PT deve ser o "grande fiador" do acordo para a aprovação das reformas.
"O governador sabe que, assim como foi negociado no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e com os governadores, será negociado no Congresso. Mas o governo não está abrindo mão de nenhum item."
O petista disse que o "acordo institucional" que o governo fez com a sociedade para aprovar as reformas vai "se estender ao PSDB e ao PFL". "Respeitamos PFL e PSDB como oposição. Jamais vamos desqualificá-los com adjetivos. Vamos negociar com eles", disse, dando a entender que o trunfo do PT para atrair PFL e PSDB é mesmo os governadores.
Sobre o PMDB, ele disse que na negociação política com o partido "não está na agenda a questão de ministério", mas que essa negociação dá ao governo "uma maioria sólida" no Congresso.
PT bancará Lula, diz Genoino sobre inativos
PAULO PEIXOTOda Agência Folha, em Belo Horizonte
O presidente nacional do PT, José Genoino, refutou ontem qualquer alteração na proposta de reforma da Previdência que jogue para os Estados a decisão de tributar ou não os servidores inativos. Genoino disse que o PT vai "bancar a palavra e a assinatura" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no "pacto" que ele fez com os governadores, dos quais cobrou a mesma atitude.
"Essa proposta não existe [transferir para os Estados]. A proposta de reforma da Previdência do presidente Lula, que o PT está defendendo, é a proposta que saiu da reunião dos governadores. Vou deixar muito claro aqui: o que o presidente Lula assina o PT banca. Não há como separar o governo Lula do PT", disse ele em Belo Horizonte, onde se reuniu com integrantes do partido para discutir as relações do PT-MG com o governador Aécio Neves (PSDB-MG) e as reformas.
Genoino cobrou dos governadores: "O que veremos no processo de votação é que os governadores, que têm um pacto com o presidente, que vamos cumprir, coloquem suas bancadas para votar a reforma da Previdência".
Questionado sobre o real poder dos governadores, já que as cúpulas do PFL e PSDB não admitem adesão total às reformas, ele afirmou: "Se eles quiserem, podem influenciar, claro que respeitando a autonomia do Legislativo".
Mesmo dizendo que nenhuma proposta apresentada pelo governo será retirada, Genoino deixou uma porta aberta para eventuais alterações, ao responder a Aécio, que disse que o PT deve ser o "grande fiador" do acordo para a aprovação das reformas.
"O governador sabe que, assim como foi negociado no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e com os governadores, será negociado no Congresso. Mas o governo não está abrindo mão de nenhum item."
O petista disse que o "acordo institucional" que o governo fez com a sociedade para aprovar as reformas vai "se estender ao PSDB e ao PFL". "Respeitamos PFL e PSDB como oposição. Jamais vamos desqualificá-los com adjetivos. Vamos negociar com eles", disse, dando a entender que o trunfo do PT para atrair PFL e PSDB é mesmo os governadores.
Sobre o PMDB, ele disse que na negociação política com o partido "não está na agenda a questão de ministério", mas que essa negociação dá ao governo "uma maioria sólida" no Congresso.
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