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11/05/2003
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11h51
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem de cerimônia religiosa no túmulo do sindicalista Chico Mendes (1944-1988), cumprindo a promessa de campanha de agradecer a "mártires" que o ajudaram a chegar à Presidência.
Lula chegou às 10h20 a Xapuri (180 km de Rio Branco) e foi para o cemitério acompanhado de Ilzamar Mendes, viúva do líder seringueiro, e dos dois filhos do sindicalista, Sandino e Elenira.
O presidente disse pretender, a partir de agora, voltar ao Acre não para o enterro de companheiros mortos, mas para anunciar boas notícias, como investimentos.
O padre Luiz Ceppi fez uma cerimônia religiosa. Ao final, doou a Lula a estola com que celebrou o funeral de Chico Mendes e pediu que o presidente aspergisse água benta sobre o túmulo.
Lula leu uma placa afixada no túmulo com um texto, escrito pelo sindicalista três meses antes de morrer, que comemorava uma fictícia revolução socialista mundial em 6 de setembro de 2020.
No texto, como se fosse profético, Chico Mendes dizia que essa revolução "unificou todos os povos do mundo numa só idéia e num só pensamento de unidade socialista (...), deixando só a triste lembrança de um passado de dor, sofrimento e morte".
Em Xapuri, Lula assinou um acordo com o governo estadual prevendo a criação de uma fábrica de preservativos e material cirúrgico de borracha na cidade, aproveitando a oferta de látex na região. O investimento previsto é de R$ 4,5 milhões.
Lula discursou para cerca 350 pessoas em frente à casa de 30 m2 em que Chico Mendes viveu e foi morto a tiros em 22 de dezembro de 1988. Pelo crime, o fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho, Darci, foram condenados a 19 anos de prisão.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que atuou como assistente de acusação no julgamento de Darcy e Darli e não voltava a Xapuri havia 13 anos, acompanhou o presidente, junto com outros ministros. Marina Silva (Meio Ambiente) chorou em seu discurso.
A presidente do Comitê Chico Mendes, Júlia Feitosa, entregou a Márcio Thomaz Bastos um documento em que pede a reabertura da investigação da morte do sindicalista. Segundo o comitê, ainda faltam cinco anos para a prescrição do crime, e vários depoimentos que levariam a outros envolvidos no assassinato foram ignorados na apuração.
Ainda em Rio Branco, antes de ir para Xapuri, Lula inaugurou a escola estadual Armando Nogueira, considerada modelo em razão das suas instalações esportivas. A escola funciona onde havia uma antiga fábrica de laticínios, que faliu, e terá a primeira piscina olímpica do Estado do Acre.
No Acre, Lula homenageia o sindicalista Chico Mendes
da Folha de S.PauloO presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem de cerimônia religiosa no túmulo do sindicalista Chico Mendes (1944-1988), cumprindo a promessa de campanha de agradecer a "mártires" que o ajudaram a chegar à Presidência.
Lula chegou às 10h20 a Xapuri (180 km de Rio Branco) e foi para o cemitério acompanhado de Ilzamar Mendes, viúva do líder seringueiro, e dos dois filhos do sindicalista, Sandino e Elenira.
O presidente disse pretender, a partir de agora, voltar ao Acre não para o enterro de companheiros mortos, mas para anunciar boas notícias, como investimentos.
O padre Luiz Ceppi fez uma cerimônia religiosa. Ao final, doou a Lula a estola com que celebrou o funeral de Chico Mendes e pediu que o presidente aspergisse água benta sobre o túmulo.
Lula leu uma placa afixada no túmulo com um texto, escrito pelo sindicalista três meses antes de morrer, que comemorava uma fictícia revolução socialista mundial em 6 de setembro de 2020.
No texto, como se fosse profético, Chico Mendes dizia que essa revolução "unificou todos os povos do mundo numa só idéia e num só pensamento de unidade socialista (...), deixando só a triste lembrança de um passado de dor, sofrimento e morte".
Em Xapuri, Lula assinou um acordo com o governo estadual prevendo a criação de uma fábrica de preservativos e material cirúrgico de borracha na cidade, aproveitando a oferta de látex na região. O investimento previsto é de R$ 4,5 milhões.
Lula discursou para cerca 350 pessoas em frente à casa de 30 m2 em que Chico Mendes viveu e foi morto a tiros em 22 de dezembro de 1988. Pelo crime, o fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho, Darci, foram condenados a 19 anos de prisão.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que atuou como assistente de acusação no julgamento de Darcy e Darli e não voltava a Xapuri havia 13 anos, acompanhou o presidente, junto com outros ministros. Marina Silva (Meio Ambiente) chorou em seu discurso.
A presidente do Comitê Chico Mendes, Júlia Feitosa, entregou a Márcio Thomaz Bastos um documento em que pede a reabertura da investigação da morte do sindicalista. Segundo o comitê, ainda faltam cinco anos para a prescrição do crime, e vários depoimentos que levariam a outros envolvidos no assassinato foram ignorados na apuração.
Ainda em Rio Branco, antes de ir para Xapuri, Lula inaugurou a escola estadual Armando Nogueira, considerada modelo em razão das suas instalações esportivas. A escola funciona onde havia uma antiga fábrica de laticínios, que faliu, e terá a primeira piscina olímpica do Estado do Acre.
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