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18/05/2003 - 07h50

Operação da PF instala seu 10º posto na Amazônia

da Agência Folha, em São Gabriel da Cachoeira (AM)

As ações dos narcotraficantes e o recrutamento de índios pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) levaram a Operação Cobra da Polícia Federal a instalar o seu décimo posto de fiscalização na localidade de Melo Franco, que faz parte do município de São Gabriel da Cachoeira (AM).

A Operação Cobra (junção das sílabas iniciais de Colômbia e Brasil) atua há três anos na fronteira de 1.644 quilômetros de extensão entre os dois países. O objetivo da operação é combater o narcotráfico e a entrada de guerrilheiros na Amazônia brasileira.

Custo

A PF não informa quanto gasta para manter o posto em Melo Franco. A Agência Folha apurou que as obras do posto custaram R$ 80 mil. Cada hora de vôo da aeronave Caravan que a PF mantém à disposição da Operação Cobra é de R$ 600.

Antes da instalação do posto em Melo Franco só havia segurança do território nacional em Querari (50 km de Melo Franco), onde o Exército mantém um Pelotão Especial de Fronteira.

Os PEFs (Pelotões Especiais de Fronteira) são unidades do Comando Militar da Amazônia presentes na região que dão apoio às ações da Operação Cobra na região de fronteira.

Apreensão

No dia 9, a Agência Folha acompanhou uma ação das duas corporações no rio Içá -na cidade de Ipiranga- que resultou na apreensão de 61 kg de cocaína, 6 kg de heroína e 30 mil litros de gasolina contrabandeados.

As drogas estavam em uma balsa puxada por um rebocador -que transportava colombianos e material de construção. Numa vistoria inicial, os policiais federais encontraram 16 kg de cocaína dentro de uma caixa de óleo.

Depois de uma busca mais detalhada, foi descoberto um fundo falso da balsa.

O proprietário da embarcação, o colombiano Hermán Piñeda Osório, foi preso em flagrante por tráfico internacional de drogas.

Osório negou ter conhecimento de que seu barco era usado para transportar drogas. "Eu não sabia que tinha isso [droga]", declarou.

À Agência Folha, Osório contou que pagou pedágio de R$ 30 a guerrilheiros das Farc no rio Putumayo -como é chamado o rio Iça, no lado colombiano- para passar com o barco da cidade de Puerto Assis para Letícia e depois alcançar Tabatinga, cidade já localizada no lado brasileiro.
 

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