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28/01/2009 - 15h31

Protesto lembra cinco anos da chacina de Unaí e famílias pedem julgamento de acusados

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da Agência Brasil
da Folha Online

Vestidos de preto, manifestantes protestam nesta quarta-feira, em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), contra a impunidade dos acusados pela chacina de Unaí (MG), há cinco anos.

Nove pessoas teriam participado do assassinato, em 28 de janeiro de 2004, dos fiscais Erastótones de Almeida, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e do motorista Ailton Pereira de Oliveira, segundo a Polícia Federal.

Os auditores inspecionavam fazendas da região de Unaí para evitar a exploração de trabalhadores e, de acordo com as investigações, foram vítimas de uma emboscada.

A viúva do auditor Nelson José da Silva, Elba Soares da Silva, 45, afirmou que todos os manifestantes estão em busca de justiça, para que possam ter descanso e paz. "Não podemos esquecer esse crime. Não foram só quatro mortos: o atentado foi contra o Estado e existem muitos municípios que não estão tendo fiscalização por medo de represálias."

Segundo o presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais, José Augusto de Paula Freitas, os manifestantes querem também que o Estado brasileiro se posicione em defesa da sociedade e promova o julgamento dos acusados.

Ele afirmou que o clamor de justiça esbarra em sucessivas protelações e recursos judiciais. "O esquecimento do crime pela opinião pública age a favor dos assassinos. Casos semelhantes, como o da irmã Dorothy [Stang], já foram julgados. Queremos a mesma agilidade. A morosidade nos preocupa e é agressiva", afirmou Freitas.

A partir das 16h30, os manifestantes devem ser recebidos pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.

Crime

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o prefeito de Unaí, Antério Mânica, seu irmão, Norberto Mânica, e o fazendeiro Hugo Alves Pimenta seriam os mandantes do crime, supostamente intermediado pelo empresário José Alberto Costa.

A elaboração do plano de execução, segundo a PF, foi feita por Francisco Elder Pinheiro, que teria contratado os pistoleiros --Erinaldo de Vasconcelos e Rogério Alan Rocha Rios. Erinaldo teria recebido R$ 22 mil, enquanto Rogério Alan, R$ 6.000 pelo crime.

William Gomes de Miranda teria sido contratado como motorista dos pistoleiros, serviço que teria custado R$ 11 mil. Já Humberto Ribeiro dos Santos seria encarregado de apagar as provas do crime.

 

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