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09/06/2003 - 11h01

Saiba o que disseram os políticos apoiados por FHC sobre as doações

JOSIAS DE SOUZA
Diretor da Folha de S.Paulo, em Brasília

EDISON LOBÃO (PFL-MA): "Ney [Figueiredo] disse: "olha, tenho uma recomendação de tentar te ajudar." Eu disse: "isso é uma bênção, muito obrigado, vou agradecer ao presidente." Gostei de saber que ele estava interessado pela minha sorte eleitoral. Ao longo da campanha, fiquei aguardando. E continuo aguardando."

RAUL JUNGMANN (PMDB-PE): "Sim, tive o apoio do presidente. Não tomei conhecimento de lista. O Ney Figueiredo não me procurou. Recebi contribuições de empresas. Precisaria estar com a minha prestação de contas na frente para falar em valores."

NEY LOPES (PFL-RN): "Eu recebi muitas doações para minha campanha, mas sinceramente não atribuo nenhuma dessas ajudas à interferência dele [FHC]. Conheço o Ney Figueiredo, mas não falei com ele sobre isso."

GEDDEL VIEIRA LIMA (PMDB-BA): "Ney Figueiredo me procurou, em nome da CNI. Se o presidente Fernando Henrique tinha falado com ele eu não sei. Dias depois, recebi um telefonema do Jorge Gerdau. Disse que alguém da empresa dele me procuraria. Infelizmente, nada apareceu."

ARTUR VIRGÍLIO (PSDB-AM): "Conversei com o Ney [Figueiredo]. Ele me ajudou em algumas coisas. O fato de ter sido líder do governo, as idéias que defendo, fizeram com que algumas empresas me enxergassem. Procurei saber quem abria as portas. Comigo ninguém mencionou o nome do presidente Fernando Henrique."

ALOYSIO NUNES FERREIRA (PSDB-SP): "Converso muito com o Ney Figueiredo, mas não sobre esse assunto [doações]. Recebi doações de empresas importantes no Brasil. Isso eu declarei [ao TSE]. Se o presidente falou eu não sei, não tive notícia disso. Cada uma das empresas eu tenho acesso por contato pessoal."

RENAN CALHEIROS (PMDB-AL): "O Ney [Figueiredo] me disse que tinha umas pessoas que estavam querendo ajudar, mas a coisa não andava porque foi muito em cima da eleição, entre agosto e setembro. Tinha que largar a campanha no Estado para fazer contatos. Não me falou especificamente no nome do presidente."

ARNALDO MADEIRA (PSDB-SP): "Isso é novidade para mim. Eu conversei várias vezes com o presidente sobre a importância de alguns deputados e senadores nossos estarem em Brasília. Mas conversei numa linha mais geral. Ney Figueiredo não me procurou. Não conheci essa lista. Fiz as minhas solicitações de ajuda com as minhas próprias pernas."

HERÁCLITO FORTES (PFL-PI): "Lembro que tive um encontro com o Ney Figueiredo e ele me disse: "uma pessoa amiga pediu que eu arrumasse uma ajuda oficial para você". Nunca me disse quem era a pessoa. Fernando Henrique sempre me disse que estava muito preocupado com minha eleição. Mas ajuda financeira garanto que não recebi."

TEOTÔNIO VILELA (PSDB-AL): "Conheço o Ney Figueiredo, mas para esse assunto não me procurou. Tudo o que consegui de ajuda foi por batalha minha mesmo. O presidente me ajudou de outro modo. Investindo em projetos no meu Estado."

GERALDO MELO (PSDB-RN): "Eu não recebi ajuda financeira de campanha por intermédio do presidente. O que puder ter sido levantado em meu nome, na verdade, às minhas mãos não chegou. Nem tomei conhecimento disso. Perdi a eleição. O que me faltou foi justamente uma certa quantia de dinheiro na reta final."

LÚCIA VÂNIA (PSDB-GO): "Não recebi absolutamente nada. Nem sei quem é Ney Figueiredo. A eleição em Goiás nós fizemos em conjunto com o governador do Estado. Havia um caixa único. Lá, era tudo PSDB. Só se foi uma coisa via diretório nacional."

JUTAHY MAGALHÃES JÚNIOR (PSDB-BA): "As contribuições que recebi encontram-se registradas na minha contabilidade de campanha no TSE".

ALBERTO GOLDMAN (PSDB-SP): "Eu procurei dezenas de empresas, tive contribuição de algumas. Mas que tenha sido fruto de uma articulação desse tipo eu não sei. Conheço essa pessoa [Ney Figueiredo]. Acho que estive com ele, mas foi pós-eleição."

JOSÉ ANÍBAL (PSDB-SP): "Fernando Henrique não falou comigo sobre isso. Desconheço Ney Figueiredo. Nunca falei com ele."

ROMERO JUCÁ (PMDB-RR): "Não recebi ajuda nem do partido nem do presidente. Não conheço Ney Figueiredo. Até reclamei. Acho que fui peça importante para o partido e não houve nenhum tipo de reciprocidade."

DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS): "Eu sou um dos privilegiados? Deixa eu checar primeiro, eu não sei, tenho de checar." O deputado anotou o telefone da reportagem, mas não fez novo contato.

YEDA CRUSIUS (PSDB-RS): "Não recebi nenhum telefonema do Ney Figueiredo. Minha campanha é modesta. Tenho apoiadores permanentes. Nenhum deles falou em nome do presidente. Tenho sempre o apoio do Gerdau, do Bradesco, da Copesul, que é da Odebrecht, sempre tive."

RICARDO BARROS (PP-PR): "[FHC] me prestigiou muito durante o meu mandato. Não conheço o Ney Figueiredo, não me procurou. Pode ser até que meu nome tenha estado em alguma lista, mas sou novato na roda do presidente e talvez não tenha sido beneficiado."

OSMAR TERRA (PMDB-RS): "Pedi recursos para a campanha, mas não tive nada. Se tivesse um pouquinho mais, teria me elegido. Não conheço Ney Figueiredo." O deputado

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-SP) disse, por meio de sua assessoria, que, para falar de doações, precisaria checar os arquivos, no seu escritório de São Paulo. Não conhece Ney Figueiredo. Não conversou com FHC sobre ajuda eleitoral.

ODELMO LEÃO (PP-MG) não respondeu ao recado que a reportagem deixou com sua assessoria.

ARTUR DA TÁVOLA (PSDB-RJ) e ROSE DE FREITAS (PSDB-ES) não puderam atender à reportagem. Informou-se que estavam doentes.
 

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