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13/06/2003
-
20h12
da Agência Folha, em Canela (RS)
O ministro da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República, Luiz Gushiken, reconheceu hoje, em Canela (RS), que o governo federal está perdendo a guerra da informação a respeito das reformas. Gushiken pediu ajuda aos governadores para divulgá-las e afirmou que "a ação deve ser intensificada", em uma campanha "mais pedagógica e simples".
"Cada segmento precisa ser informado. Há muita desinformação e confusão. Há argumentos propositadamente distorcidos, há interesses conflitantes", disse, referindo-se às reformas tributária e, "especialmente", à da Previdência.
O governo federal está impedido pelo Judiciário de fazer publicidade sobre as reformas, em razão de liminar concedida pela 1ª Vara Federal de Curitiba. De acordo com o secretário-adjunto do ministério, Marcus Flora, assim que o governo suspender a liminar, abrirá campanha de esclarecimento direcionada ao funcionalismo e, depois, ao público em geral.
Essa situação aumenta a utilidade da ação dos Estados neste momento, pois a proibição estabelecida pela liminar atinge apenas a União.
Flora confirmou que a empresa de assessoria de imprensa CDN (Companhia de Notícias) está sendo contratada pelo governo. "É uma empresa que já teve inúmeros contratos com o governo anterior. Estamos contratando dentro da legalidade. A lei não me obriga a fazer esse tipo de licitação", disse.
O ministro, um dos principais interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, arrolou informações que estariam sendo ignoradas pela população, como o fato de que "o percentual de 11% a título de contribuição de inativos só incidirá sobre a parte dos salários que exceder o valor de R$ 1.058".
Gushiken esteve em Canela para participar de reunião com secretários estaduais de Comunicação, que se tornará anual. Encerrada sua participação, seguiu para Brasília, onde se reuniria imediatamente com Lula.
"Os cidadãos têm diferenças de acesso aos meios de informação e níveis diferentes até de interesse sobre o que acontece nos governos em todas as áreas. É um problema de todos nós aqui presentes", afirmou.
Gushiken participou do encontro após diálogo entre Lula e o governador Germano Rigotto (PMDB-RS), na viagem a Buenos Aires para a posse do presidente argentino, Néstor Kirchner. Na ocasião, Rigotto afirmou: "A falta de comunicação pode contaminar as reformas".
Quando o atual ministro das Cidades, o petista Olívio Dutra, era governador do RS, Lula criticou o Executivo gaúcho por falhar na divulgação. Isso, na época, estaria prejudicando sua candidatura à Presidência. Agora, Gushiken diz: "Pesquisas indicam que parte da população nem sequer ouviu falar da reforma".
De acordo com o ministro, falando aos secretários, "urge superar esse problema, pois a população precisa saber".
"Então, senhores secretários, nosso desafio está colocado (...) Isso é um problema principalmente de comunicação. Se a comunicação não agir na plenitude de sua função, a informação não chega aonde tem de chegar", disse, salientando que "não é apenas do governo federal a tarefa de defender as reformas, de levar informação correta à sociedade. A tarefa é do governo federal e de cada um dos governos estaduais, como é também dos prefeitos".
Governo apela aos Estados para fazer propaganda das reformas
LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Canela (RS)
O ministro da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República, Luiz Gushiken, reconheceu hoje, em Canela (RS), que o governo federal está perdendo a guerra da informação a respeito das reformas. Gushiken pediu ajuda aos governadores para divulgá-las e afirmou que "a ação deve ser intensificada", em uma campanha "mais pedagógica e simples".
"Cada segmento precisa ser informado. Há muita desinformação e confusão. Há argumentos propositadamente distorcidos, há interesses conflitantes", disse, referindo-se às reformas tributária e, "especialmente", à da Previdência.
O governo federal está impedido pelo Judiciário de fazer publicidade sobre as reformas, em razão de liminar concedida pela 1ª Vara Federal de Curitiba. De acordo com o secretário-adjunto do ministério, Marcus Flora, assim que o governo suspender a liminar, abrirá campanha de esclarecimento direcionada ao funcionalismo e, depois, ao público em geral.
Essa situação aumenta a utilidade da ação dos Estados neste momento, pois a proibição estabelecida pela liminar atinge apenas a União.
Flora confirmou que a empresa de assessoria de imprensa CDN (Companhia de Notícias) está sendo contratada pelo governo. "É uma empresa que já teve inúmeros contratos com o governo anterior. Estamos contratando dentro da legalidade. A lei não me obriga a fazer esse tipo de licitação", disse.
O ministro, um dos principais interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, arrolou informações que estariam sendo ignoradas pela população, como o fato de que "o percentual de 11% a título de contribuição de inativos só incidirá sobre a parte dos salários que exceder o valor de R$ 1.058".
Gushiken esteve em Canela para participar de reunião com secretários estaduais de Comunicação, que se tornará anual. Encerrada sua participação, seguiu para Brasília, onde se reuniria imediatamente com Lula.
"Os cidadãos têm diferenças de acesso aos meios de informação e níveis diferentes até de interesse sobre o que acontece nos governos em todas as áreas. É um problema de todos nós aqui presentes", afirmou.
Gushiken participou do encontro após diálogo entre Lula e o governador Germano Rigotto (PMDB-RS), na viagem a Buenos Aires para a posse do presidente argentino, Néstor Kirchner. Na ocasião, Rigotto afirmou: "A falta de comunicação pode contaminar as reformas".
Quando o atual ministro das Cidades, o petista Olívio Dutra, era governador do RS, Lula criticou o Executivo gaúcho por falhar na divulgação. Isso, na época, estaria prejudicando sua candidatura à Presidência. Agora, Gushiken diz: "Pesquisas indicam que parte da população nem sequer ouviu falar da reforma".
De acordo com o ministro, falando aos secretários, "urge superar esse problema, pois a população precisa saber".
"Então, senhores secretários, nosso desafio está colocado (...) Isso é um problema principalmente de comunicação. Se a comunicação não agir na plenitude de sua função, a informação não chega aonde tem de chegar", disse, salientando que "não é apenas do governo federal a tarefa de defender as reformas, de levar informação correta à sociedade. A tarefa é do governo federal e de cada um dos governos estaduais, como é também dos prefeitos".
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