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18/06/2003 - 20h48

Tribo faz vigília em delegacia onde estão os acusados de matar indígena

KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus

Índios mundurucu estão em vigília há três dias nas proximidades da delegacia da cidade de Borba (150 km a leste de Manaus, AM), onde estão presos dois homens acusados de matar a pauladas o indígena Valneci dos Santos Barbosa, 22.

Segundo o administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio) Jorge Alberto Ferreira Fernandes, Barbosa teria reagido a um assalto. "Os rapazes são membros de galeras [gangues de rua], o índio foi morto a pauladas", disse.

O crime aconteceu no domingo. Os mundurucus querem a transferência para Manaus dos acusados, pois temem que eles fujam da delegacia. Sexta-feira chega à cidade o advogado da Funai Roberto Alexandre para acompanhar o caso.

Robnei Costa de Souza e Calebe Soares Farias, ambos de 18 anos, foram presos na madrugada de segunda. "Eles confessaram o crime e foram indiciados em latrocínio [roubo seguido de morte]", afirmou o administrador da Funai.

O índio Valneci Barbosa era um dos integrantes da aldeia Quatá, localizada na terra indígena Quatá-laranjal, na cidade de Borba.

De acordo com depoimentos de lideranças, ele saiu no dia 10 da aldeia para participar dos festejos do padroeiro da cidade, Santo Antônio de Borba, e batizar seu filho de seis meses. A festa reuniu neste ano mais de 30 mil pessoas e levou à Borba o núncio apostólico José Afonso, embaixador do papa João Paulo 2º no Brasil.
 

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