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25/06/2003
-
12h57
da Folha Online, em Brasília
Líderes do governo na Câmara e no Senado, assim como os presidentes das duas Casas, além da Casa Civil, fizeram coro em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da iminência de uma crise institucional entre o governo e os Poderes Legislativo e Judiciário.
Alinhados ao discurso de Lula, de que foi mal-interpretado pela imprensa, governistas e os presidentes das duas Casas fizeram questão de afirmar que as declarações não abalaram a relação entre Executivo e Legislativo e o clima é de "harmonia".
"É da natureza do presidente Lula, do PT e de nós todos a democracia. Se depender do presidente e de nós não vai pairar nenhuma dúvida sobre a nossa total fidelidade e compromisso com a harmonia entre os Poderes", afirmou o ministro da Casa Civil, José Dirceu, principal articulador político do governo. "O presidente não teve o intuito de ofender nenhum dos dois Poderes", completou.
Ao lado de Lula durante pronunciamento no Palácio do Planalto, nesta manhã, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que as duas visitas do presidente da República ao Congresso neste ano demonstram o respeito que ele tem pela instituição. "O Congresso não faltará à nação e Vossa Excelência não faltará ao Congresso Nacional."
Segundo o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), Lula demonstrou seu compromisso com o Legislativo quando compareceu ao Congresso na abertura dos trabalhos, no início do ano, e depois na marcha com os governadores para entregar as propostas de reformas tributária e da Previdência.
Governo
Também se mobilizaram para defender o presidente nesta manhã os líderes do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o líder da bancada petista na Câmara, Nelson Pellegrino (BA).
"O presidente repôs hoje seu conceito sobre o Congresso Nacional e o Poder Judiciário. O presidente é um homem de formação democrática profunda. A afirmação de ontem não foi bem compreendida", disse Rebelo.
"Lula é favorável ao diálogo e quis expressar que a vontade política é de fazer as reformas. Eu acho que ele não foi ofensivo aos Poderes", afirmou Pellegrino.
Além de comentar as declarações de Lula, Mercadante repudiou a atitude dos senadores de oposição que se recusaram a participar da divulgação da pauta de votação extraordinária do Congresso --Efraim Morais (PFL-PB), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino Maia (PFL-RN). O senador Jefferson Péres (PDT-AM) também não compareceu.
"Eles nunca vieram aqui [Palácio do Planalto], isso é mais um pretexto. Hoje tivemos uma bela demonstração da harmonia entre os Poderes. O presidente demonstrou compromisso e harmonia", disse.
Mercadante afirmou também que os três líderes --Morais, Virílio e Agripino-- deverão subir hoje à tribuna do Senado para criticar o presidente.
Especial
O que você acha das declarações de Lula?
Governistas se mobilizam para rechaçar crise e defender Lula
FELIPE FREIREda Folha Online, em Brasília
Líderes do governo na Câmara e no Senado, assim como os presidentes das duas Casas, além da Casa Civil, fizeram coro em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da iminência de uma crise institucional entre o governo e os Poderes Legislativo e Judiciário.
Alinhados ao discurso de Lula, de que foi mal-interpretado pela imprensa, governistas e os presidentes das duas Casas fizeram questão de afirmar que as declarações não abalaram a relação entre Executivo e Legislativo e o clima é de "harmonia".
"É da natureza do presidente Lula, do PT e de nós todos a democracia. Se depender do presidente e de nós não vai pairar nenhuma dúvida sobre a nossa total fidelidade e compromisso com a harmonia entre os Poderes", afirmou o ministro da Casa Civil, José Dirceu, principal articulador político do governo. "O presidente não teve o intuito de ofender nenhum dos dois Poderes", completou.
Ao lado de Lula durante pronunciamento no Palácio do Planalto, nesta manhã, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que as duas visitas do presidente da República ao Congresso neste ano demonstram o respeito que ele tem pela instituição. "O Congresso não faltará à nação e Vossa Excelência não faltará ao Congresso Nacional."
Segundo o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), Lula demonstrou seu compromisso com o Legislativo quando compareceu ao Congresso na abertura dos trabalhos, no início do ano, e depois na marcha com os governadores para entregar as propostas de reformas tributária e da Previdência.
Governo
Também se mobilizaram para defender o presidente nesta manhã os líderes do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o líder da bancada petista na Câmara, Nelson Pellegrino (BA).
"O presidente repôs hoje seu conceito sobre o Congresso Nacional e o Poder Judiciário. O presidente é um homem de formação democrática profunda. A afirmação de ontem não foi bem compreendida", disse Rebelo.
"Lula é favorável ao diálogo e quis expressar que a vontade política é de fazer as reformas. Eu acho que ele não foi ofensivo aos Poderes", afirmou Pellegrino.
Além de comentar as declarações de Lula, Mercadante repudiou a atitude dos senadores de oposição que se recusaram a participar da divulgação da pauta de votação extraordinária do Congresso --Efraim Morais (PFL-PB), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino Maia (PFL-RN). O senador Jefferson Péres (PDT-AM) também não compareceu.
"Eles nunca vieram aqui [Palácio do Planalto], isso é mais um pretexto. Hoje tivemos uma bela demonstração da harmonia entre os Poderes. O presidente demonstrou compromisso e harmonia", disse.
Mercadante afirmou também que os três líderes --Morais, Virílio e Agripino-- deverão subir hoje à tribuna do Senado para criticar o presidente.
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