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27/06/2003 - 16h15

Aníbal diz que o governo Lula promove aparelhamento "descabido" do Estado

DAELCIO FREITAS
da Folha Online

O presidente nacional do PSDB, José Aníbal, acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estar aparelhando o Estado de forma descabida ao cooptar de maneira fisiológica congressistas para a base do governo. Ele disse também que o governo promove uma grande desagregação partidária.

Aníbal disse que o governo usa o princípio dos "fins justificam os meios" para aumentar a base de apoio no Congresso. "Ação do governo é meramente fisiológica e não tem nenhum procedimento prográmatico. A cúpula desse governo está promovendo uma aparelhamento descabido do Estado", disse.

Cunha Lima

Aníbal negou diálogo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no qual Alckmin teria pedido a ele [Aníbal] para interceder e evitar a provável saída do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, do PSDB. A Folha Online publicou ontem que Aníbal teria dito que "não era babá de governador".

Segundo ele, a frase e a versão são fantasiosas. "Não houve esse suposto diálogo, nem houve o suposto pedido do governador Alckmin, nem houve minha suposta recusa em atendê-lo", disse.

Revoada de tucanos

O dirigente tucano minimizou os prejuízos do PSDB com a recente saída de congressistas. Segundo ele, grande parte dos dissidentes já estava distante do partido.

Na última quarta-feira, os deputados federais do PSDB Osmânio Pereira (MG), Inaldo leitão (PB), Ricardo Rique (PB), Alexandre Santos (RJ), Dr. Heleno (RJ), Salvador Zimbaldi (SP) e João Miguel Feu Rosa (ES) deixaram o partido. Eles se juntam ao deputado Luiz Piauhylino (PE), que havia deixado o partido na sexta-feira (20). Com a desfiliação, a bancada do PSDB diminuiu de 64 para 56 deputados.

Sobre as críticas do deputado federal do partido Inaldo leitão (PB) sobre sua conduta à frente do PSDB, Aníbal se defendeu dizendo que tem promovido encontros com políticos da legenda para integrar o partido e "que só não percebe isso que não tem comparecido a esses eventos."

"Não existe o risco de contaminação e o tempo dirá se teremos sequelas. Mas o mais importante é que vamos manter nossa postura de fazer oposição com convicção. Não vamos repetir o que o PT fez aqui em São Paulo, quando votou contra a reforma da Previdência", disse.

Agenda velha

Aníbal fez ainda críticas aos primeiros seis meses de governo. Segundo ele, o presidente Lula tem feito pirotecnia ao invés de governar. Ele fez coro com a tese de seu colega de partido Luiz Carlos Mendonça de Barros, na qual Lula adotou a mesma agenda de trabalho de Fernando Henrique Cardoso.
 

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