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02/07/2003 - 18h12

Líder tucano critica Lula por ter colocado boné do MST

RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Magalhães Júnior (BA) criticou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter colocado um boné com o símbolo do MST (Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Segundo ele, Lula não devia ter usado o boné em um momento em que há aumento de risco de conflito entre proprietários rurais e militantes do movimento. Para o tucano, o presidente demostrou estar do lado dos sem terra.

"No dia de hoje o movimento de Lula ao colocar o chapéu é o mesmo que estar do lado do MST. Onde existem duas partes você não pode demonstrar apoio a uma delas", disse Magalhães.

Para o tucano, o ato do presidente é ainda mais grave porque "é óbvio que Lula não vai colocar o boné da UDR (União Democrática Ruralista) na cabeça".

Magalhães afirmou ainda que o governo está cometendo um erro ao não cumprir a lei, porque não combate as invasões de terra, e por não realizar a reforma agrária.

O deputado mostrou dados da Comissão Pastoral da Terra da Igreja Católica, para comparar os números da reforma agrária nos seis primeiros meses do governo Lula com o mesmo período em 1995, no início do primeiro mandado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com os dados apresentados, Lula teria assentado 3 mil famílias e desapropriado 200 mil hectares de terras entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período teriam acontecido 120 invasões de terra no país e ocorrido 20 mortes em conflitos no campo.

Já no governo FHC, teriam sido assentadas 10 mil famílias e desapropriados 977,5 mil hectares de terras. Os números divulgados por Magalhães também mostram menos invasões e mortes no campo.

Nos seis primeiros meses da era FHC teriam acontecido 57 invasões e 11 assassinatos em conflitos agrários.

 

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