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11/07/2003 - 07h12

Senado recua e previdenciária pode atrasar

da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Senado voltou atrás no acordo firmado com a Câmara de constituir uma comissão conjunta para analisar e acelerar a votação da reforma da Previdência. A comissão, segundo acertaram os presidentes José Sarney (PMDB-AP) e João Paulo Cunha (PT-SP) seria constituída de 11 senadores e 11 deputados.

Dois motivos contribuíram decisivamente para o recuo do Senado, além da decisão do governo de esfriar o debate sobre mudanças na reforma:

1- Os senadores não abrem mão da prerrogativa de discutir e emendar a proposta de emenda constitucional.

2- O PMDB quer aproveitar a tramitação da proposta no Senado para forçar o atendimento de suas demandas com o Planalto, entre as quais a entrega de ministérios para o partido.

Os líderes afirmavam ontem que a indicação da comissão foi apenas adiada. Por mais que ela venha a ser constituída, no entanto, dificilmente levará o Senado mais tarde a abreviar prazos na análise da reforma.

O PMDB foi decisivo no recuo. Na véspera, Renan Calheiros (AL) participou da reunião entre Sarney e João Paulo. Pela manhã, a bancada de 22 senadores peemedebistas havia almoçado com José Dirceu (Casa Civil), de quem ouviu até a possibilidade de antecipação da entrega de um ministério ao partido.

Mas a sigla está desconfiada das promessas quase nunca concretizadas do Planalto. Nos dias que antecederam o almoço com a bancada, Dirceu recebeu a lista das nomeações reclamadas pelos senadores. Havia a expectativa de que ontem algumas delas estariam no Diário Oficial, o que acabou não ocorrendo.

Com a reforma em discussão no Senado, o PMDB, cuja bancada é o fiel da balança em qualquer votação, espera pelo menos receber um ministério entre o primeiro e o segundo turno da votação.
 

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