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16/07/2003 - 21h35

Requião chama presidente do Sinapro de "pilantra"

JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), disse ontem que iria solicitar à Procuradoria Geral do Estado providências junto ao Ministério Público do Paraná para prender o presidente do Sinapro (Sindicato Nacional dos Produtores), Narciso Rocha Clara, por incitar a violência.

Pela manhã, em entrevista à rádio CBN, de Curitiba, Requião respondeu a acusações de Clara, na mesma emissora, de estar aliado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Requião afirmou que o Paraná já tinha problemas suficientes para "aceitar a importação de criminosos paulistas para provocar mortes no campo do Paraná).

No mesmo horário, em São Paulo, Narciso Rocha Clara acusava Requião de dar "guarida às invasões do MST no Paraná e de se declarar militante do movimento".

Requião acusou Rocha Clara de seu "um pilantra paulista, uma agitador que procura um conflito na terra". "É um marginal de São Paulo que até pouco tempo tinha mandado de prisão, várias acusações de estelionato, que não tem currículo, mas sim folha corrida".

À tarde, através de sua assessoria de imprensa, Roberto Requião disse que o governo do Estado está tentando mediar os graves problemas no campo paranaense e que negocia com entidades credenciadas, "não com estelionatário". Entre as entidades credenciadas o governador citou o MST, a Faep (Federação da Agricultura do Paraná), a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) e a Sociedade Rural do Paraná.

A reação de Requião se deu pelo fato de o Sinapro fazer divulgar em vários jornais do Paraná, convocação aos produtores rurais para o "maior protesto da história rural patronal brasileira", marcada para as 8h30 de hoje em Curitiba. A convocação prevê carreata dos produtores do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba) até o Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense.

Na tarde de ontem, o presidente do Sinapro informou que só iria se pronunciar sobre a ameaça de prisão, feita pelo governador, depois de consultar sua assessoria jurídica. Rocha Clara disse não "garantir" presença na manifestação convocada por seu sindicato.

"A manifestação vai acontecer independentemente da minha presença em Curitiba. Só posso falar se vou ao ato depois de consultar minha assessoria jurídica", afirmou Narciso Rocha Clara.

Colaboraram DIMITRI DO VALLE e JAIRO MARQUES, da Agência Folha
 

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