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17/07/2003
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07h55
Karl Marx foi convocado para ajudar os servidores na greve contra a reforma da Previdência. Desde anteontem, nos corredores da Universidade Federal de Pernambuco, onde acontece a 55ª Reunião da SBPC, servidores anunciam a rifa de um retrato do pai do comunismo.
Cada bilhete sai por R$ 2. O dinheiro arrecado, segundo os cartazes, irá para o fundo de greve. O autor do retrato, o artista plástico Lúcio Mustafá, 52, passava a tarde de ontem ao lado da obra, na tenda da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que organiza a rifa.
Nem ele nem integrantes do sindicato localizados pela Folha sabiam avaliar o sucesso que o velho Marx estava fazendo.
"Eu só vendi seis [bilhetes]", disse ele, "mas tem mais gente com talão por aí". "Não vendi nada ainda, não pude", disse Elaine Carvalho, atarefada com o atendimento na loja da Andes.
No retrato, a imagem se destaca na colagem de recortes de revista. Mustafá explica a obra, segundo ele uma superação da dicotomia entre o figurativo e o abstrato na pintura. Os recortes fazem surgir a figura, diz. Além disso, continua, os pedaços de revista representam na sua justaposição uma favela, seu tema principal.
Karl Marx dá "ajuda" a grevista em Recife
da Folha de S.Paulo, em RecifeKarl Marx foi convocado para ajudar os servidores na greve contra a reforma da Previdência. Desde anteontem, nos corredores da Universidade Federal de Pernambuco, onde acontece a 55ª Reunião da SBPC, servidores anunciam a rifa de um retrato do pai do comunismo.
Cada bilhete sai por R$ 2. O dinheiro arrecado, segundo os cartazes, irá para o fundo de greve. O autor do retrato, o artista plástico Lúcio Mustafá, 52, passava a tarde de ontem ao lado da obra, na tenda da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que organiza a rifa.
Nem ele nem integrantes do sindicato localizados pela Folha sabiam avaliar o sucesso que o velho Marx estava fazendo.
"Eu só vendi seis [bilhetes]", disse ele, "mas tem mais gente com talão por aí". "Não vendi nada ainda, não pude", disse Elaine Carvalho, atarefada com o atendimento na loja da Andes.
No retrato, a imagem se destaca na colagem de recortes de revista. Mustafá explica a obra, segundo ele uma superação da dicotomia entre o figurativo e o abstrato na pintura. Os recortes fazem surgir a figura, diz. Além disso, continua, os pedaços de revista representam na sua justaposição uma favela, seu tema principal.
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