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22/07/2003
-
22h07
da Agência Folha, em Recife
Cerca de 600 militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam hoje por cerca de sete horas a BR-101, principal rodovia de ligação entre Pernambuco e a região sul do país.
A ação ocorreu no município de Escada, 60 km ao sul de Recife (PE). Os manifestantes invadiram a pista às 7h e montaram dois bloqueios, distantes cerca de 100 m um do outro.
Divididos em grupos, os sem-terra jogaram pneus e pedaços de pau nas barricadas. Em seguida, atearam fogo. "Só vamos sair daqui se as nossas reivindicações forem atendidas", disse o líder do protesto, Reginaldo Silva.
Os manifestantes reivindicavam agilidade no processo de reforma agrária. Segundo Silva, há três anos o MST cobra do governo, sem sucesso, a desapropriação de sete engenhos na região.
Com o bloqueio, formou-se uma fila de veículos com 5 km de extensão nos dois sentidos da rodovia. Apenas ambulâncias e pessoas doentes tiveram permissão para passar.
As polícias Rodoviária Federal e Militar foram acionadas. Cerca de 30 homens do Batalhão de Choque da PM chegaram a entrar em formação, mas não reprimiram o protesto.
Os sem-terra passaram então a exigir a presença do superintendente do Incra em Recife, João Farias de Paula Júnior, e do prefeito de Escada, José Alves (PSB), para "negociar" o desbloqueio.
Com o impasse, os policiais rodoviários orientavam os motoristas a utilizar uma rota alternativa, pela PE-60 e BR-232. Com o desvio, o congestionamento caiu para dois quilômetros.
A manifestação acabou às 14h, com a chegada de um representante do Incra e do prefeito da cidade. Os trabalhadores rurais deixaram a pista com a promessa de que 3 das 7 áreas reivindicadas por eles seriam vistoriadas.
Os engenhos Andeval e Conceição, em Escada, e Relógio, em Ipojuca, deverão ser inspecionados ainda neste ano. O MST estima que mil famílias sem terra (cerca de 5.000 pessoas) estejam acampadas na zona rural do município.
Sem-terras bloqueam estrada em Pernambuco
FÁBIO GUIBUda Agência Folha, em Recife
Cerca de 600 militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam hoje por cerca de sete horas a BR-101, principal rodovia de ligação entre Pernambuco e a região sul do país.
A ação ocorreu no município de Escada, 60 km ao sul de Recife (PE). Os manifestantes invadiram a pista às 7h e montaram dois bloqueios, distantes cerca de 100 m um do outro.
Divididos em grupos, os sem-terra jogaram pneus e pedaços de pau nas barricadas. Em seguida, atearam fogo. "Só vamos sair daqui se as nossas reivindicações forem atendidas", disse o líder do protesto, Reginaldo Silva.
Os manifestantes reivindicavam agilidade no processo de reforma agrária. Segundo Silva, há três anos o MST cobra do governo, sem sucesso, a desapropriação de sete engenhos na região.
Com o bloqueio, formou-se uma fila de veículos com 5 km de extensão nos dois sentidos da rodovia. Apenas ambulâncias e pessoas doentes tiveram permissão para passar.
As polícias Rodoviária Federal e Militar foram acionadas. Cerca de 30 homens do Batalhão de Choque da PM chegaram a entrar em formação, mas não reprimiram o protesto.
Os sem-terra passaram então a exigir a presença do superintendente do Incra em Recife, João Farias de Paula Júnior, e do prefeito de Escada, José Alves (PSB), para "negociar" o desbloqueio.
Com o impasse, os policiais rodoviários orientavam os motoristas a utilizar uma rota alternativa, pela PE-60 e BR-232. Com o desvio, o congestionamento caiu para dois quilômetros.
A manifestação acabou às 14h, com a chegada de um representante do Incra e do prefeito da cidade. Os trabalhadores rurais deixaram a pista com a promessa de que 3 das 7 áreas reivindicadas por eles seriam vistoriadas.
Os engenhos Andeval e Conceição, em Escada, e Relógio, em Ipojuca, deverão ser inspecionados ainda neste ano. O MST estima que mil famílias sem terra (cerca de 5.000 pessoas) estejam acampadas na zona rural do município.
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