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25/07/2003
-
13h40
A procuradoria-geral de Justiça do Rio Grande do Sul recebeu ontem pedido de prisão do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile.
O pedido foi feito por meio de uma notícia-crime, enviada pelo presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Estado), Carlos Sperotto, e pelo deputado Jerônimo Goergen (PP), que preside a comissão de agricultura da Assembléia Legislativa local.
Ambos criticaram as declarações de Stédile, feitas durante discurso em acampamento sem-terra nos municípios de Canguçu, Santa Cruz do Sul, Erechim e Palmeira das Missões, todos no Rio Grande do Sul. Segundo eles, o pronunciamento incita os conflitos entre ruralistas e sem-terra.
Na ocasião, ele definiu sua organização como "um exército de 23 milhões de pessoas" que "não podem dormir enquanto não acabarem com eles [os latifúndios]".
"A luta camponesa abriga hoje 23 milhões de pessoas, e do outro lado há 27 mil fazendeiros [proprietários rurais que têm áreas com mais de 2.000 hectares]", afirmou Stédile ontem. "Essa é a disputa que existe na nossa sociedade. Será mil pode perder para um? É muito difícil. O que falta é nos unirmos, para cada mil pegarem um", completou.
Além de definir os sem-terra como "nosso exército", Stédile afirmou que os latifundiários são os seus "inimigos" na "luta" da reforma agrária. O MST, segundo ele, tem de infernizar a vida dos latifundiários.
Alguns dos acampados visitados por Stédile (que incluem também integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores -MPA) invadiram ontem o pátio do Sindifumo (Sindicato das Indústrias de Fumo em Santa Cruz do Sul).
A invasão tem como objetivo o ressarcimento para pequenos produtores que venderam fumo abaixo do preço médio pago atualmente.
Com Agência Folha
Ministério Público recebe pedido de prisão do líder do MST
da Folha OnlineA procuradoria-geral de Justiça do Rio Grande do Sul recebeu ontem pedido de prisão do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile.
O pedido foi feito por meio de uma notícia-crime, enviada pelo presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Estado), Carlos Sperotto, e pelo deputado Jerônimo Goergen (PP), que preside a comissão de agricultura da Assembléia Legislativa local.
Ambos criticaram as declarações de Stédile, feitas durante discurso em acampamento sem-terra nos municípios de Canguçu, Santa Cruz do Sul, Erechim e Palmeira das Missões, todos no Rio Grande do Sul. Segundo eles, o pronunciamento incita os conflitos entre ruralistas e sem-terra.
Na ocasião, ele definiu sua organização como "um exército de 23 milhões de pessoas" que "não podem dormir enquanto não acabarem com eles [os latifúndios]".
"A luta camponesa abriga hoje 23 milhões de pessoas, e do outro lado há 27 mil fazendeiros [proprietários rurais que têm áreas com mais de 2.000 hectares]", afirmou Stédile ontem. "Essa é a disputa que existe na nossa sociedade. Será mil pode perder para um? É muito difícil. O que falta é nos unirmos, para cada mil pegarem um", completou.
Além de definir os sem-terra como "nosso exército", Stédile afirmou que os latifundiários são os seus "inimigos" na "luta" da reforma agrária. O MST, segundo ele, tem de infernizar a vida dos latifundiários.
Alguns dos acampados visitados por Stédile (que incluem também integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores -MPA) invadiram ontem o pátio do Sindifumo (Sindicato das Indústrias de Fumo em Santa Cruz do Sul).
A invasão tem como objetivo o ressarcimento para pequenos produtores que venderam fumo abaixo do preço médio pago atualmente.
Com Agência Folha
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