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26/08/2000 - 12h28

Maluf chama Brasil Vitta de "meu querido"

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PATRICIA ZORZAN

da Folha de S.Paulo

O candidato do PPB à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, afirmou quinta-feira (24) à noite que o líder do governo Celso Pitta (PTN) e candidato à reeleição, Brasil Vita (PPB), é ""um homem leal e que sempre esteve de um lado só".

Vita foi uma dos principais articuladores da base governista contra a aprovação do processo de impeachment de Pitta, com quem Maluf diz estar rompido desde 25 de março do ano passado.

"Ele é um homem valente, leal, honrado, correto, que sempre esteve de um lado só. Conheci poucos políticos como Brasil Vita. Ele ou está de um lado ou está de outro. Não fica em cima do muro e foi meu líder mais de uma vez", declarou Maluf durante discurso no Círculo Operário da Vila Prudente (zona leste da capital).

Defensor fiel de Pitta, Vita, que foi citado pela ex-primeira-dama Nicéa Pitta como tendo supostamente recebido R$ 75 mil como suborno do prefeito, foi o único candidato a vereador a dividir a mesa com Maluf.

Na entrada da sala em que foi realizado o encontro, foi colocado à disposição dos presentes material de campanha do líder de Pitta posando ao lado do ex-prefeito. Nos santinhos, destaque para a frase ""lealdade e coragem".

"Meu querido"
Saudado pelo candidato majoritário do PPB com um beijo na testa e chamado de ""meu querido" logo no elevador do prédio, o vereador não mediu esforços para retribuiu os elogios que recebeu do presidente de seu partido.

"Paulo Maluf não queria ser candidato. Um grupo de homens a ele se dirigiu e chegou a implorar para que ele salvasse a cidade. Ele é mais do que um candidato. É a solução. São Paulo exige que comande a cidade e faça com que tenhamos orgulho", declarou.

Questionado sobre o fato de mencionar Maluf como o salvador de uma cidade comandada pelo prefeito que ele próprio ajudou a manter no poder, Vita tentou se justificar.

"Você não está no espírito da coisa. Evidentemente há muita coisa errada que independeu da vontade do Pitta. Não se pode debitar na conta dele tudo o que há de errado na cidade."

E continuou: "Eu não podia permitir o impeachment dele porque sou seu líder. A mim pouco se me dá o relacionamento do Maluf com ele. O Paulo tem um pensamento e eu tenho outro".

O ex-prefeito reagiu de maneira irritada ao ser questionado sobre o episódio. "Brasil Vita foi um grande defensor de todos os prefeitos (citando nomes de ocupantes do cargo até a gestão Pitta). Serviu com lealdade dez deles. A mim serviu com lealdade. Agora, se você acha que ele deveria ter servido Pitta de maneira diferente, fale com ele."

Na avaliação de Maluf, que dias antes da votação do impeachment se declarou favorável à cassação de seu ex-afilhado, não existe nenhuma contradição no fato de um vereador que ele considera leal apoiar o prefeito com quem diz estar rompido. ""Isso é um juízo de valor, algo subjetivo."

O candidato pepebista foi ainda mais longe. ""Se eu puder recomendar um vereador correto, recomendo Brasil Vita."

Como de costume, o ex-prefeito enfatizou a questão da violência na cidade e criticou o que chamou de "falsa política de direitos humanos". "O governo deveria dar direitos humanos só para os humanos que são direitos."


  • Leia, na Pensata, coluna de Kennedy Alencar sobre Romeu Tuma

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