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13/08/2003
-
05h33
LUCIANA CONSTANTINO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Ministério da Assistência Social criou, por meio de portaria assinada pela ministra Benedita da Silva, um grupo de trabalho com representantes de 15 igrejas evangélicas e quatro técnicos do governo que pode funcionar, na prática, como um interlocutor entre o segmento e a pasta no desenvolvimento de projetos sociais.
A constituição do grupo, publicada ontem no "Diário Oficial" da União, é resultado de reivindicações apresentadas por líderes evangélicos ao governo em reuniões no dia 31 de março, quando se encontraram inclusive com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
Na portaria, Benedita, que também é evangélica, diz que os entendimentos firmados estabelecem que: 1) o governo federal não pode prescindir da experiência do segmento na área social e de sua rede de serviços; 2) o segmento evangélico, para expandir e consolidar sua atuação na área social, precisa de acesso à informação sobre instrumentos da Loas (Lei Orgânica da Assistência Social) e de orientação sobre como submeter projetos ao CNAS (Conselho Nacional da Assistência Social).
Entre outras atribuições, o conselho é responsável pela concessão do certificado de filantrópicas para entidades, permitindo isenção de impostos.
O grupo de trabalho será instalado no próximo dia 19 em solenidade na sala de reuniões da ministra. Entre as atribuições está a de elaborar um programa de cooperação da pasta com as organizações evangélicas, incluindo o mapeamento dos projetos sociais implementados pelo segmento.
Questionada ontem se seriam criados grupos desse tipo com outros segmentos religiosos --como católicos, espíritas, umbandistas--, a ministra informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que sua intenção é criar grupos desse tipo também com outras entidades religiosas.
Segundo maior grupo religioso do Brasil, ficando atrás apenas dos católicos, os evangélicos representam cerca de 15,41% da população, segundo o IBGE. São 26,184 milhões de pessoas, sendo 17,617 milhões pentecostais (Assembléia de Deus, Universal do Reino de Deus, entre outras).
Os católicos, de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somam 125 milhões de pessoas ou 74% dos brasileiros. Na portaria, a ministra diz ainda que, para criar o grupo de trabalho, levou em consideração o interesse do presidente Lula em estabelecer parceria com o segmento na área social.
Lula falou sobre o assunto no encontro de março, quando recebeu mais de 40 líderes evangélicos no Planalto. À época, o presidente agradeceu o apoio nas eleições e pregou o fim da discriminação religiosa. Em troca, foi abençoado e chamado de "bom samaritano".
No início do ano, evangélicos chegaram a criticar o governo Lula por se sentirem excluídos de grupos consultivos ligados à Presidência da República, como o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). O setor também reivindicava mais espaço no Fome Zero.
Benedita cria comissão de trabalho com evangélicos
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Ministério da Assistência Social criou, por meio de portaria assinada pela ministra Benedita da Silva, um grupo de trabalho com representantes de 15 igrejas evangélicas e quatro técnicos do governo que pode funcionar, na prática, como um interlocutor entre o segmento e a pasta no desenvolvimento de projetos sociais.
A constituição do grupo, publicada ontem no "Diário Oficial" da União, é resultado de reivindicações apresentadas por líderes evangélicos ao governo em reuniões no dia 31 de março, quando se encontraram inclusive com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
Na portaria, Benedita, que também é evangélica, diz que os entendimentos firmados estabelecem que: 1) o governo federal não pode prescindir da experiência do segmento na área social e de sua rede de serviços; 2) o segmento evangélico, para expandir e consolidar sua atuação na área social, precisa de acesso à informação sobre instrumentos da Loas (Lei Orgânica da Assistência Social) e de orientação sobre como submeter projetos ao CNAS (Conselho Nacional da Assistência Social).
Entre outras atribuições, o conselho é responsável pela concessão do certificado de filantrópicas para entidades, permitindo isenção de impostos.
O grupo de trabalho será instalado no próximo dia 19 em solenidade na sala de reuniões da ministra. Entre as atribuições está a de elaborar um programa de cooperação da pasta com as organizações evangélicas, incluindo o mapeamento dos projetos sociais implementados pelo segmento.
Questionada ontem se seriam criados grupos desse tipo com outros segmentos religiosos --como católicos, espíritas, umbandistas--, a ministra informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que sua intenção é criar grupos desse tipo também com outras entidades religiosas.
Segundo maior grupo religioso do Brasil, ficando atrás apenas dos católicos, os evangélicos representam cerca de 15,41% da população, segundo o IBGE. São 26,184 milhões de pessoas, sendo 17,617 milhões pentecostais (Assembléia de Deus, Universal do Reino de Deus, entre outras).
Os católicos, de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somam 125 milhões de pessoas ou 74% dos brasileiros. Na portaria, a ministra diz ainda que, para criar o grupo de trabalho, levou em consideração o interesse do presidente Lula em estabelecer parceria com o segmento na área social.
Lula falou sobre o assunto no encontro de março, quando recebeu mais de 40 líderes evangélicos no Planalto. À época, o presidente agradeceu o apoio nas eleições e pregou o fim da discriminação religiosa. Em troca, foi abençoado e chamado de "bom samaritano".
No início do ano, evangélicos chegaram a criticar o governo Lula por se sentirem excluídos de grupos consultivos ligados à Presidência da República, como o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). O setor também reivindicava mais espaço no Fome Zero.
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