Publicidade
Publicidade
22/08/2003
-
19h54
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
A Frente Nacional de Prefeitos, entidade que reúne representantes das capitais dos Estados, decidiu entrar efetivamente na disputa por uma fatia maior da receita tributária do país.
Segundo o prefeito de Goiânia, Pedro Wilson Guimarães (PT), a partir da próxima semana, os prefeitos começarão a negociar com as bancadas federais de seus respectivos Estados a aprovação de uma reforma tributária mais favorável aos municípios. Até o início desta semana, os prefeitos das capitais apostavam em uma negociação sobre a reforma passando pelo Palácio do Planalto.
"Parece que a frente saiu de uma atitude de acompanhar [a reforma tributária] de longe para participar e ser ator dessa história", disse Guimarães.
O prefeito evitou associar a nova postura dos prefeitos das capitais com o resultado da reunião entre representantes da FNP e os ministros José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci (Fazenda), ocorrida ontem, em Brasília, da qual participou junto com o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda (PT), coordenador-geral da FNP. Segundo Guimarães, os ministros apenas ouviram os pleitos apresentados por eles e não deram qualquer resposta.
Os prefeitos das capitais querem uma participação na arrecadação da Cide (contribuição sobre combustíveis), que está sendo sinalizada para os Estados, e no ITR (Imposto Territorial Rural), além de participação na CPMF (imposto sobre o cheque).
Os prefeitos das capitais chegam atrasados ao movimento municipalista. Desde março, a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), entidade que reúne associações estaduais de municípios, vem organizando marchas de prefeitos a Brasília e articulando uma base de apoio aos municípios no Congresso Nacional, onde a reforma tributária está sendo discutida.
Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski (PMDB), prefeito de Mariana Pimentel (RS), as frentes municipalistas criadas na Câmara dos Deputados e no Senado reúnem 251 deputados federais e 52 senadores.
"Começamos a construir um espaço dentro do Congresso, que se avolumou de tal ordem que, hoje, quem tem maior força internamente na Casa são as prefeituras", disse Ziulkoski.
De acordo com o prefeito de Goiânia, a FNP deve se reunir internamente na próxima semana para definir as estratégias de ação.
Prefeitos vão exigir fatia maior para as cidades
Publicidade |
da Agência Folha
A Frente Nacional de Prefeitos, entidade que reúne representantes das capitais dos Estados, decidiu entrar efetivamente na disputa por uma fatia maior da receita tributária do país.
Segundo o prefeito de Goiânia, Pedro Wilson Guimarães (PT), a partir da próxima semana, os prefeitos começarão a negociar com as bancadas federais de seus respectivos Estados a aprovação de uma reforma tributária mais favorável aos municípios. Até o início desta semana, os prefeitos das capitais apostavam em uma negociação sobre a reforma passando pelo Palácio do Planalto.
"Parece que a frente saiu de uma atitude de acompanhar [a reforma tributária] de longe para participar e ser ator dessa história", disse Guimarães.
O prefeito evitou associar a nova postura dos prefeitos das capitais com o resultado da reunião entre representantes da FNP e os ministros José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci (Fazenda), ocorrida ontem, em Brasília, da qual participou junto com o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda (PT), coordenador-geral da FNP. Segundo Guimarães, os ministros apenas ouviram os pleitos apresentados por eles e não deram qualquer resposta.
Os prefeitos das capitais querem uma participação na arrecadação da Cide (contribuição sobre combustíveis), que está sendo sinalizada para os Estados, e no ITR (Imposto Territorial Rural), além de participação na CPMF (imposto sobre o cheque).
Os prefeitos das capitais chegam atrasados ao movimento municipalista. Desde março, a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), entidade que reúne associações estaduais de municípios, vem organizando marchas de prefeitos a Brasília e articulando uma base de apoio aos municípios no Congresso Nacional, onde a reforma tributária está sendo discutida.
Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski (PMDB), prefeito de Mariana Pimentel (RS), as frentes municipalistas criadas na Câmara dos Deputados e no Senado reúnem 251 deputados federais e 52 senadores.
"Começamos a construir um espaço dentro do Congresso, que se avolumou de tal ordem que, hoje, quem tem maior força internamente na Casa são as prefeituras", disse Ziulkoski.
De acordo com o prefeito de Goiânia, a FNP deve se reunir internamente na próxima semana para definir as estratégias de ação.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice