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29/08/2003
-
08h16
da Folha de S.Paulo
da Agência Folha
A Câmara dos Deputados abriga entre seus funcionários cerca de 1.960 pessoas identificadas sob a rubrica CNE (Cargo de Natureza Especial). De acordo com o ato da Mesa número 45, de 1996, os CNEs "são encontrados na administração" da Casa.
Reportagens publicadas pela Folha desde o último dia 10, porém, indicam que esses funcionários têm atuado fora de suas funções técnicas e administrativas.
Alguns foram localizados trabalhando em redutos eleitorais de seus respectivos padrinhos --entre os quais João Paulo Cunha e o primeiro--vice-presidente, Inocêncio Oliveira (PFL-PE).
Cerca de um terço dos vips está vinculado à Mesa Diretora. O restante se divide entre as lideranças partidárias, as comissões permanentes e a Cope (Coordenação de Programas Especiais), que atende os servidores viciados em álcool e drogas e acompanha o desempenho escolar de estagiários.
Há vips que nunca foram a Brasília. Na Cope, foram lotados 147 CNEs, mas só 3 trabalham no local.
Nas comissões permanentes, seções voltadas para análise e discussão de problemas nacionais, a reportagem constatou que 58% do total do CNEs estão voltados para ações em gabinetes e lideranças parlamentares, inclusive fora de Brasília.
Há duas semanas, João Paulo disse que não pretende alterar a situação dos CNEs, por ele não considerada imoral ou irregular.
Cargos são usados para fins políticos em bases eleitorais
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da Agência Folha
A Câmara dos Deputados abriga entre seus funcionários cerca de 1.960 pessoas identificadas sob a rubrica CNE (Cargo de Natureza Especial). De acordo com o ato da Mesa número 45, de 1996, os CNEs "são encontrados na administração" da Casa.
Reportagens publicadas pela Folha desde o último dia 10, porém, indicam que esses funcionários têm atuado fora de suas funções técnicas e administrativas.
Alguns foram localizados trabalhando em redutos eleitorais de seus respectivos padrinhos --entre os quais João Paulo Cunha e o primeiro--vice-presidente, Inocêncio Oliveira (PFL-PE).
Cerca de um terço dos vips está vinculado à Mesa Diretora. O restante se divide entre as lideranças partidárias, as comissões permanentes e a Cope (Coordenação de Programas Especiais), que atende os servidores viciados em álcool e drogas e acompanha o desempenho escolar de estagiários.
Há vips que nunca foram a Brasília. Na Cope, foram lotados 147 CNEs, mas só 3 trabalham no local.
Nas comissões permanentes, seções voltadas para análise e discussão de problemas nacionais, a reportagem constatou que 58% do total do CNEs estão voltados para ações em gabinetes e lideranças parlamentares, inclusive fora de Brasília.
Há duas semanas, João Paulo disse que não pretende alterar a situação dos CNEs, por ele não considerada imoral ou irregular.
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