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03/09/2003
-
06h55
da Folha de S.Paulo
O presidente do PSTU, José Maria de Almeida, afirmou ontem ser precipitada a discussão sobre a criação de um novo partido de esquerda com os radicais do PT ameaçados de expulsão, com quem disse não pretender fazer um "acordo de cúpula" que deixe de fora a militância insatisfeita com a sigla.
"O processo de construção [de um novo partido] tem de ser democrático. Antes do nome, temos de pensar em um espaço para a militância que quer romper com o PT", disse José Maria, que completou: "Não podemos fazer um acordo de cúpula e deixá-los [militantes] de fora dessa discussão".
Os deputados petistas Luciana Genro (RS), Babá (PA) e João Fontes (SE), que sofrem ameaça de expulsão do partido por terem votado contra a reforma da Previdência, pretendem fundar uma nova legenda, que agregaria o PSTU. O nome seria PTS (Partido dos Trabalhadores Socialistas).
Para José Maria, é "legítima a preocupação dos companheiros" de criar imediatamente um novo partido, mas afirmou que "não é essa a visão do PSTU". "Temos de discutir antes um projeto. Podemos, enquanto isso, ceder a legenda para que eles [radicais] possam se candidatar."
Os radicais não descartam a hipótese de irem para o PSTU até que a nova legenda seja fundada. Assim, teriam um partido para eventualmente disputar as eleições municipais de 2004. Heloísa Helena (AL) é citada como exemplo de petista que pode ficar sem legenda nas próximas eleições. A senadora, que sofre processo de expulsão do PT, pretende disputar a Prefeitura de Maceió.
Na sua avaliação, entre 10 mil e 15 mil petistas insatisfeitos com o partido podem migrar para legenda a ser criada. Segundo ele, a sigla "unirá a esquerda socialista". Ele organiza um manifesto defendendo a criação do novo partido, mas não fala em data para a fundação. "Esse é só o começo da ruptura de milhares de militantes com o PT. A reação do setor público e de uma parcela mais consciente do setor privado com a reforma da Previdência mostrou isso", disse.
PSTU acha precipitada criação de novo partido
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O presidente do PSTU, José Maria de Almeida, afirmou ontem ser precipitada a discussão sobre a criação de um novo partido de esquerda com os radicais do PT ameaçados de expulsão, com quem disse não pretender fazer um "acordo de cúpula" que deixe de fora a militância insatisfeita com a sigla.
"O processo de construção [de um novo partido] tem de ser democrático. Antes do nome, temos de pensar em um espaço para a militância que quer romper com o PT", disse José Maria, que completou: "Não podemos fazer um acordo de cúpula e deixá-los [militantes] de fora dessa discussão".
Os deputados petistas Luciana Genro (RS), Babá (PA) e João Fontes (SE), que sofrem ameaça de expulsão do partido por terem votado contra a reforma da Previdência, pretendem fundar uma nova legenda, que agregaria o PSTU. O nome seria PTS (Partido dos Trabalhadores Socialistas).
Para José Maria, é "legítima a preocupação dos companheiros" de criar imediatamente um novo partido, mas afirmou que "não é essa a visão do PSTU". "Temos de discutir antes um projeto. Podemos, enquanto isso, ceder a legenda para que eles [radicais] possam se candidatar."
Os radicais não descartam a hipótese de irem para o PSTU até que a nova legenda seja fundada. Assim, teriam um partido para eventualmente disputar as eleições municipais de 2004. Heloísa Helena (AL) é citada como exemplo de petista que pode ficar sem legenda nas próximas eleições. A senadora, que sofre processo de expulsão do PT, pretende disputar a Prefeitura de Maceió.
Na sua avaliação, entre 10 mil e 15 mil petistas insatisfeitos com o partido podem migrar para legenda a ser criada. Segundo ele, a sigla "unirá a esquerda socialista". Ele organiza um manifesto defendendo a criação do novo partido, mas não fala em data para a fundação. "Esse é só o começo da ruptura de milhares de militantes com o PT. A reação do setor público e de uma parcela mais consciente do setor privado com a reforma da Previdência mostrou isso", disse.
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