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16/09/2003
-
21h00
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em campo Grande
O ex-cabo da Polícia Militar Hércules Araújo Agostinho, 34, confessou ontem à noite ao Ministério Público Estadual que matou com sete tiros de pistola em setembro de 2002 o então dono do jornal "Folha do Estado", Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, 39, em Cuiabá (MT).
Segundo o advogado Benedito Jacob Santana Sabino, responsável pela defesa do acusado, Hércules disse que o crime teria sido encomendado pelo ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 52. Hércules afirma, porém, que não negociou diretamente com Arcanjo. Houve um intermediário.
Arcanjo, que está preso no Uruguai desde abril, é acusado de chefiar uma das maiores organizações criminosas do Brasil.
O delegado Luciano Inácio da Silva, da Polícia Civil, disse que a confissão de Hércules confirma o que já foi apurado sobre o crime.
Segundo Silva, Arcanjo mandou matar Sávio Brandão devido às reportagens publicadas no jornal contra o crime organizado.
Preso um dia após a morte de Sávio Brandão, Hércules fugiu do presídio Pascoal Ramos em Cuiabá no dia 1º de maio deste ano e foi preso no domingo passado em Machadinho do Oeste (RO). Até então ele negava os crimes.
Sabino disse à Agência Folha que Hércules assumiu ter matado outras sete pessoas, incluindo o empresário Rivelino Jacques Brunini, em junho de 2002. Esse crime também teria sido encomendado por Arcanjo devido à disputa pela exploração de máquinas caça-níqueis em Mato Grosso.
Encomenda
Hércules afirmou ontem, durante depoimento no Ministério Público, ter ouvido do ex-policial militar Célio Alves de Souza, 38, que Arcanjo encomendou a morte de Sávio Brandão e de Brunini ao "cobrador de dívida" João Leite.
Souza está preso em Cuiabá e vigiou os passos de Sávio Brandão para facilitar o assassinato, segundo afirma a polícia. Leite, que se encontra foragido, teria recebido a encomenda do crime. Hércules nega que tenha negociado pessoalmente com o mandante.
Ex-PM confessa ter matado dono de jornal, diz advogado
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da Agência Folha, em campo Grande
O ex-cabo da Polícia Militar Hércules Araújo Agostinho, 34, confessou ontem à noite ao Ministério Público Estadual que matou com sete tiros de pistola em setembro de 2002 o então dono do jornal "Folha do Estado", Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, 39, em Cuiabá (MT).
Segundo o advogado Benedito Jacob Santana Sabino, responsável pela defesa do acusado, Hércules disse que o crime teria sido encomendado pelo ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 52. Hércules afirma, porém, que não negociou diretamente com Arcanjo. Houve um intermediário.
Arcanjo, que está preso no Uruguai desde abril, é acusado de chefiar uma das maiores organizações criminosas do Brasil.
O delegado Luciano Inácio da Silva, da Polícia Civil, disse que a confissão de Hércules confirma o que já foi apurado sobre o crime.
Segundo Silva, Arcanjo mandou matar Sávio Brandão devido às reportagens publicadas no jornal contra o crime organizado.
Preso um dia após a morte de Sávio Brandão, Hércules fugiu do presídio Pascoal Ramos em Cuiabá no dia 1º de maio deste ano e foi preso no domingo passado em Machadinho do Oeste (RO). Até então ele negava os crimes.
Sabino disse à Agência Folha que Hércules assumiu ter matado outras sete pessoas, incluindo o empresário Rivelino Jacques Brunini, em junho de 2002. Esse crime também teria sido encomendado por Arcanjo devido à disputa pela exploração de máquinas caça-níqueis em Mato Grosso.
Encomenda
Hércules afirmou ontem, durante depoimento no Ministério Público, ter ouvido do ex-policial militar Célio Alves de Souza, 38, que Arcanjo encomendou a morte de Sávio Brandão e de Brunini ao "cobrador de dívida" João Leite.
Souza está preso em Cuiabá e vigiou os passos de Sávio Brandão para facilitar o assassinato, segundo afirma a polícia. Leite, que se encontra foragido, teria recebido a encomenda do crime. Hércules nega que tenha negociado pessoalmente com o mandante.
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