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22/09/2003
-
13h35
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O corpo de Risoleta Neves foi enterrado às 11h de hoje no mesmo túmulo do seu marido, o presidente Tancredo Neves (1910-85), no cemitério da igreja de São Francisco de Assis, em São João Del Rey (MG). O enterro mobilizou a cidade e foi acompanhado por autoridades empresariais e religiosas, além de políticos, alguns personagens da história recente da política nacional.
O vice-presidente José Alencar (PL-MG) representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está nos Estados Unidos.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que assumiu a Presidência da República em 1985 na vaga de Tancredo --ele morreu sem tomar posse--, disse: "Uma mulher extraordinária, culta, inteligente que marcou com o seu exemplo a vida brasileira. Ela, ao lado de Tancredo Neves, não só completou a sua vida como ajudou a sua carreira política".
Também estava lá Paulo Maluf (PP-SP), adversário de Tancredo no Colégio Eleitoral, em 1985. Para ele, Risoleta foi "o ponto de apoio a Tancredo para chegar ao governo de Minas e à Presidência". Referiu-se a Tancredo como "grande estadista".
"Nunca fomos adversários, [Tancredo] foi meu amigo. Naquele momento, construímos juntos a democracia. Eu sempre tive o maior apreço por Tancredo. Eu tinha um orgulho profundo da minha amizade com Tancredo. Quando ele venceu no Colégio Eleitoral, eu tive o privilégio de ser o primeiro a cumprimentá-lo pela vitória", afirmou.
O governador de Minas, Aécio Neves, neto de Risoleta, chegou à cidade no início da manhã, vindo da Europa: "Dona Risoleta foi, em determinado momento da história recente do país, um grande exemplo de companheirismo, em um primeiro momento, e de fibra e coragem, no segundo momento [...]. Para nós, seus familiares, filhos e netos, é um exemplo de bondade, de seriedade e, sobretudo, de solidariedade".
Risoleta morreu ontem no Rio, onde estava internada, aos 86 anos, vítima de diverticulite [inflamação na parede intestinal]. O corpo foi velado no solar da família Neves. Às 9h, saiu em cortejo até a igreja de São Francisco, onde foi celebrada missa. Ao passar pelo Memorial Tancredo Neves, fez-se um minuto de silêncio.
Personagens de 1985 acompanham enterro de Risoleta
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
O corpo de Risoleta Neves foi enterrado às 11h de hoje no mesmo túmulo do seu marido, o presidente Tancredo Neves (1910-85), no cemitério da igreja de São Francisco de Assis, em São João Del Rey (MG). O enterro mobilizou a cidade e foi acompanhado por autoridades empresariais e religiosas, além de políticos, alguns personagens da história recente da política nacional.
O vice-presidente José Alencar (PL-MG) representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está nos Estados Unidos.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que assumiu a Presidência da República em 1985 na vaga de Tancredo --ele morreu sem tomar posse--, disse: "Uma mulher extraordinária, culta, inteligente que marcou com o seu exemplo a vida brasileira. Ela, ao lado de Tancredo Neves, não só completou a sua vida como ajudou a sua carreira política".
Também estava lá Paulo Maluf (PP-SP), adversário de Tancredo no Colégio Eleitoral, em 1985. Para ele, Risoleta foi "o ponto de apoio a Tancredo para chegar ao governo de Minas e à Presidência". Referiu-se a Tancredo como "grande estadista".
"Nunca fomos adversários, [Tancredo] foi meu amigo. Naquele momento, construímos juntos a democracia. Eu sempre tive o maior apreço por Tancredo. Eu tinha um orgulho profundo da minha amizade com Tancredo. Quando ele venceu no Colégio Eleitoral, eu tive o privilégio de ser o primeiro a cumprimentá-lo pela vitória", afirmou.
O governador de Minas, Aécio Neves, neto de Risoleta, chegou à cidade no início da manhã, vindo da Europa: "Dona Risoleta foi, em determinado momento da história recente do país, um grande exemplo de companheirismo, em um primeiro momento, e de fibra e coragem, no segundo momento [...]. Para nós, seus familiares, filhos e netos, é um exemplo de bondade, de seriedade e, sobretudo, de solidariedade".
Risoleta morreu ontem no Rio, onde estava internada, aos 86 anos, vítima de diverticulite [inflamação na parede intestinal]. O corpo foi velado no solar da família Neves. Às 9h, saiu em cortejo até a igreja de São Francisco, onde foi celebrada missa. Ao passar pelo Memorial Tancredo Neves, fez-se um minuto de silêncio.
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