Presidente do PTC é hostilizado durante velório de Clodovil em SP

O presidente do PTC, Ciro Moura, foi expulso aos gritos do velório do estilista, apresentador e deputado Clodovil Hernandes na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Clodovil teve morte cerebral na tarde desta terça-feira (17). O deputado não resistiu aos efeitos de um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico.

A advogada do parlamentar, Maria Hebe, foi quem causou a confusão ao exigir que o político se retirasse do local. "Eu cheguei aqui às 9h e avisei que se esse cavalheiro apontasse aqui iria esquecer que era advogada, que tinha educação e berço. Não admito fingimento e falsidade", disse.

Clodovil foi eleito deputado pelo PTC em 2006, mas se filiou ao PR depois do prazo fixado pelo TSE sobre fidelidade partidária.

Por conta disso, o PTC moveu processo contra o parlamentar no tribunal. No entanto, na última quinta-feira (12), o TSE decidiu que Clodovil não poderia perder o mandato por ter se desfiliado do PTC.

Para os ministros, houve grave discriminação pessoal ao parlamentar, o que justificaria sua mudança de partido. A advogada afirmou que Ciro foi um dos grandes responsáveis pela saída de Clodovil do PTC.

"O que ele veio fazer aqui? Veio prestar homenagem a uma pessoa que ele só prejudicou? Ele veio aqui só fazer politicagem para a mídia. Se Clodovil pudesse levantar de lá faria pior."

Ciro, no entanto, afirmou que o processo foi uma questão partidária, e que foi ao velório como amigo. "Ela tem que respeitar o falecido, o que ela pensa de mim tem que dizer fora daqui. Se é que ela pensa", disse.

Após o imprevisto, o presidente do PTC se retirou do espaço reservado a políticos e pessoas próximas ao deputado, mas permaneceu na Assembleia.

Segundo ele, Clodovil o tratava bem e não havia rancores por conta do processo. Ciro afirmou que o deputado, inclusive, havia marcado um jantar com ele nessa semana.