Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/09/2003 - 07h40

Psicóloga morreu em 1971 cercada pela polícia na BA

Publicidade

da Folha de S.Paulo

A psicóloga Iara Iavelberg, mulher de Carlos Lamarca (do MR-8), morreu em 20 de agosto de 1971, aos 27 anos, num apartamento em Salvador (BA). A versão oficial é que, quando a polícia invadiu o apartamento, ela estaria armada e que, para não ser presa, teria se suicidado com um tiro. Lamarca foi morto pouco depois, em 17 de setembro, na Bahia.

Segundo o jornalista Elio Gaspari ("A Ditadura Escancarada"), o corpo de Iara ficou numa gaveta do necrotério em Salvador por mais de um mês, para atrair Lamarca. Depois, seu corpo foi levado para São Paulo num caixão lacrado. A família não teve permissão para abri-lo.

Em 9 de julho de 1996, irmãos de Iara pediram a exumação do corpo à Federação Israelita de São Paulo. O pedido foi negado. No mês seguinte, o médico Lamartine Lima disse ter ouvido do militar Rubem Otero a confissão de que ele teria morto Iara. Suspeita-se que Iara teria resistido à prisão e foi atingida por uma rajada de metralhadora. Três tiros teriam atingido a cabeça e o tórax.

Em 2 de novembro de 1997, a Folha publicou reportagem com o rascunho do laudo oficial sobre a morte de Iara. Nele, o legista Charles Pittex escreve: "Suicídio?". O laudo oficial desapareceu e nunca foi achado.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página