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27/09/2003 - 05h48

Emigrantes cubanos querem bens materiais, diz ditador

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da Folha de S.Paulo

O ditador de Cuba, Fidel Castro, disse que 95% dos cubanos que tentam emigrar "sonham com ter um carro e um monte de bens materiais". A entrevista, publicada ontem pela revista francesa "Paris Match", foi concedida ao diretor de cinema americano Oliver Stone há quatro meses.

Segundo o ditador, os que querem sair de Cuba "esperam ganhar 50 vezes mais pelo mesmo trabalho. Não se preocupam com a saúde nem com a educação. Só querem um carro".

Fidel negou que a emigração seja proibida em seu país. Segundo ele, são os EUA que criam "todo tipo de problemas" para que as pessoas possam ir de Cuba para lá. Por isso, diz, "praticamente a única maneira de sair de Cuba é ilegalmente".

O ditador defendeu a execução das pessoas que sequestraram um barco em abril. "Era preciso atacar o mal pela raiz para deter a onda de ações terroristas." O fato de não terem sido registrados novos sequestros de barcos ou aviões um mês e dez dias depois das execuções --época em que a entrevista foi feita-- mostra que elas eram necessárias, afirmou Fidel.

Sobre os jornalistas presos em Cuba, disse que, dos 34 que foram presos recentemente, só quatro tinham diploma de jornalismo. "Esses famosos presos de consciência são na realidade mercenários querem destruir a Revolução Cubana e recebem toneladas de dinheiro dos EUA."

O líder cubano justificou a negativa em aceitar inspetores de direitos humanos no país por uma "questão de honra". "Cuba não aceita intervenções desse tipo do exterior", disse ele.

Oliver Stone perguntou se seria possível que algum diretor de cinema cubano quisesse filmar a história da guerrilha de Sierra Maestra mostrando que havia conflitos entre os guerrilheiros. Fidel disse que ninguém iria colaborar com o diretor, porque "todos os cubanos sabem a verdade sobre os homens que estão a cargo do país".
 

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