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30/09/2003
-
07h12
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
É rodeado de velhos apoiadores do Ceará que Ciro Gomes (PPS) comanda o Ministério da Integração Nacional e os órgãos vinculados. Há também diretores indicados pelo PT e pelo PMDB.
O caso é semelhante ao de outras áreas do governo, nas quais houve loteamento de cargos entre partidos políticos da base de apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, a Folha mostrou que a partidarização da máquina pública alcançou também as instituições financeiras estatais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
Da equipe de Ciro, alguns são conhecidos de infância, de Sobral, município de cerca de 150 mil habitantes, onde a família Ferreira Gomes é tradicional.
A supremacia dos sobralenses começa dentro do próprio ministério, onde Ciro alocou o amigo de infância Oman Carneiro Filho (PPS), ex-deputado estadual, como assessor especial.
Outro contemplado com esse título é Egídio Serpa, que assessora Ciro desde o início da década de 90, quando o ministro foi governador do Ceará. Serpa tem um programa de entrevistas na TV estatal do Ceará, a TVC. O próprio Ciro já foi seu entrevistado algumas vezes no programa.
A cunhada de Serpa, Luiza Serpa, também foi nomeada assessora de Ciro pelo ministério. Luiza é uma espécie de faz-tudo: cuida desde a agenda do ministro até as atividades dos filhos e viagens.
Na chefia de gabinete do ministério, outro antigo aliado: Pedro Brito, que atuou como presidente do BEC (Banco do Estado do Ceará) enquanto Ciro foi governador do Ceará. No final do governo, Brito também ocupou a Secretaria da Fazenda do Estado.
Forte apoiadora de Ciro e de sua ex-mulher, a senadora Patrícia Sabóya Gomes (PPS), em campanhas, a ex-delegada regional do Trabalho do Ceará Ana Lourdes Nogueira Almeida também foi contemplada pelo ministro com um cargo na área de administração e finanças da Codevasf.
O ex-secretário de Indústria e Comércio no governo Ciro, Antônio Bahlmann, ex-deputado federal, hoje no PPS, é o responsável pelo inventário da Sudene.
Sobral no Dnocs
O grupo sobralense ligado a Ciro também marca presença no Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas).
Nomeado diretor de administração do órgão, o advogado José Tupinambá Cavalcante de Almeida é de uma família tradicional de Sobral --ele é filho do dono do cartório da cidade.
Outro apadrinhado de Ciro é o diretor de desenvolvimento tecnológico e de produção, o engenheiro Leão Humberto Montezuma Santiago Filho.
Fora o PT, que mantém a chefia do Dnocs com o ex-deputado estadual Eudoro Santana --ex-PSB, filiado ao PT em agosto--, o único partido que conseguiu bancar uma nomeação no órgão sem a anuência de Ciro foi o PMDB, por meio do deputado federal Eunício Oliveira, que indicou César Augusto Pinheiro como diretor de infra-estrutura hídrica.
Pinheiro foi candidato à segunda suplência de senador pelo PMDB na última eleição.
Ciro distribui Integração entre apoiadores
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da Agência Folha, em Fortaleza
É rodeado de velhos apoiadores do Ceará que Ciro Gomes (PPS) comanda o Ministério da Integração Nacional e os órgãos vinculados. Há também diretores indicados pelo PT e pelo PMDB.
O caso é semelhante ao de outras áreas do governo, nas quais houve loteamento de cargos entre partidos políticos da base de apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, a Folha mostrou que a partidarização da máquina pública alcançou também as instituições financeiras estatais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
Da equipe de Ciro, alguns são conhecidos de infância, de Sobral, município de cerca de 150 mil habitantes, onde a família Ferreira Gomes é tradicional.
A supremacia dos sobralenses começa dentro do próprio ministério, onde Ciro alocou o amigo de infância Oman Carneiro Filho (PPS), ex-deputado estadual, como assessor especial.
Outro contemplado com esse título é Egídio Serpa, que assessora Ciro desde o início da década de 90, quando o ministro foi governador do Ceará. Serpa tem um programa de entrevistas na TV estatal do Ceará, a TVC. O próprio Ciro já foi seu entrevistado algumas vezes no programa.
A cunhada de Serpa, Luiza Serpa, também foi nomeada assessora de Ciro pelo ministério. Luiza é uma espécie de faz-tudo: cuida desde a agenda do ministro até as atividades dos filhos e viagens.
Na chefia de gabinete do ministério, outro antigo aliado: Pedro Brito, que atuou como presidente do BEC (Banco do Estado do Ceará) enquanto Ciro foi governador do Ceará. No final do governo, Brito também ocupou a Secretaria da Fazenda do Estado.
Forte apoiadora de Ciro e de sua ex-mulher, a senadora Patrícia Sabóya Gomes (PPS), em campanhas, a ex-delegada regional do Trabalho do Ceará Ana Lourdes Nogueira Almeida também foi contemplada pelo ministro com um cargo na área de administração e finanças da Codevasf.
O ex-secretário de Indústria e Comércio no governo Ciro, Antônio Bahlmann, ex-deputado federal, hoje no PPS, é o responsável pelo inventário da Sudene.
Sobral no Dnocs
O grupo sobralense ligado a Ciro também marca presença no Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas).
Nomeado diretor de administração do órgão, o advogado José Tupinambá Cavalcante de Almeida é de uma família tradicional de Sobral --ele é filho do dono do cartório da cidade.
Outro apadrinhado de Ciro é o diretor de desenvolvimento tecnológico e de produção, o engenheiro Leão Humberto Montezuma Santiago Filho.
Fora o PT, que mantém a chefia do Dnocs com o ex-deputado estadual Eudoro Santana --ex-PSB, filiado ao PT em agosto--, o único partido que conseguiu bancar uma nomeação no órgão sem a anuência de Ciro foi o PMDB, por meio do deputado federal Eunício Oliveira, que indicou César Augusto Pinheiro como diretor de infra-estrutura hídrica.
Pinheiro foi candidato à segunda suplência de senador pelo PMDB na última eleição.
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