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07/10/2003 - 22h00

Representante do MST coordenou ações do Fome Zero em três Estados

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

Um representante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Fome Zero já coordenou reuniões do programa federal em pelo menos três Estados, MS, ES e BA.

Nesses encontros, foram escolhidos os participantes dos chamados talheres estaduais. A função deles é orientar os agentes de segurança alimentar encarregados de acompanhar as famílias beneficiadas pelo Fome Zero.

No próximo dia 20, pelo menos 162 talheres escolhidos nos Estados e no Distrito Federal vão se reunir em Belo Horizonte (MG) para concluir o processo de formação.

Em Campo Grande (MS), Rogério Augusto Silva, 46, do Coletivo Nacional de Formação do MST, coordenou na semana passada a reunião do Fome Zero. O encontro tinha pelo menos 25 representantes de entidades, incluindo o MST. Silva disse ter comandado reuniões também na Bahia e no Espírito Santo.

Antes de montar os grupos de discussões sobre o programa em Campo Grande, ele cantou, acompanhado de violão, a música "Ordem e Progresso", do compositor Zé Pinto, ligado ao movimento dos sem-terra.

A letra da música diz: "A ordem é ninguém passar fome. Progresso é o povo feliz. A reforma agrária é a volta do agricultor à raiz".

No programa Fome Zero, o MST reivindica a doação de cestas básicas para as famílias acampadas. Em Mato Grosso, o movimentou adotou a estratégia de bloquear rodovias para pedir alimentos. O último protesto ocorreu na semana passada.

Segundo Silva, em cada Estado brasileiro foram escolhidas seis pessoas que ficarão responsáveis pela formação de um maior número de talhares estaduais, ou seja, vão atuar como multiplicadores. Os encontros, afirma Silva, são abertos a todas as entidades.

Silva é um dos sete membros do Talher Nacional, um grupo ligado a Frei Betto, assessor especial da Presidência da República que coordena o desenvolvimento do Fome Zero na sociedade civil.

O coordenador e membro do Talher Nacional, Selvino Heck, 52, diz que os sete integrantes do Talher Nacional "não foram escolhidos porque são da entidade [movimento social] 'a' ou 'b', mas porque são reconhecidos como educadores populares que atuam há muitos anos".

"Nas reuniões têm músicas do MST, das pastorais e até música popular brasileira", afirmou Heck.

A assessoria de Frei Betto informou que a composição do Talher Nacional não teve como critério a indicação feita por entidades, mas a experiência dos educadores populares que são voluntários.
 

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