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11/10/2003
-
08h51
da Folha de S.Paulo, do Rio
De 2001 para 2002, o número de pessoas ocupadas cresceu 3,6%, em seu maior aumento desde 1992. O nível de ocupação subiu de 54,8% para 55,7% (ou seja, entre as pessoas com mais de 10 anos, há mais gente trabalhando), mas ainda ficou abaixo dos 57,5% de 1992.
O aumento da ocupação é a explicação técnica para a queda na taxa do desemprego, de 9,4% para 9,2%, num ano de crise. Mas isso não significa necessariamente uma melhora na qualidade do trabalho ou do rendimento. Pelo contrário, especialistas apontam um crescimento do chamado emprego precário, com baixos salários ou sem remuneração.
Na análise do economista Marcio Pochmann, os postos abertos em 2001 e 2002 serviram como "estratégia de sobrevivência precária", pois, disse, 96,3% deles foram para pessoas não-remuneradas ou com renda inferior a um salário mínimo.
"Desemprego ou empregos precários e mal remunerados. Este é o resultado de uma década sem crescimento econômico. Isso porque o ajuste do mercado de trabalho tem se dado pela ocupação precária", disse ele.
O economista João Saboia, da UFRJ, afirma que, se não há crescimento, não há geração de bons empregos, mas de empregos precários: "As pessoas entraram e se ocuparam mal, ganhando rendas baixas, tanto que a renda caiu. As pessoas podem até se ocupar, mas vão ganhar menos, não tem alternativa".
Na divisão por posição na ocupação, a que mais cresceu foi a de trabalhadores na produção para o próprio consumo (7,5%), seguidos dos empregadores (4,2%).
Emprego formal cede espaço para vagas precárias
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De 2001 para 2002, o número de pessoas ocupadas cresceu 3,6%, em seu maior aumento desde 1992. O nível de ocupação subiu de 54,8% para 55,7% (ou seja, entre as pessoas com mais de 10 anos, há mais gente trabalhando), mas ainda ficou abaixo dos 57,5% de 1992.
O aumento da ocupação é a explicação técnica para a queda na taxa do desemprego, de 9,4% para 9,2%, num ano de crise. Mas isso não significa necessariamente uma melhora na qualidade do trabalho ou do rendimento. Pelo contrário, especialistas apontam um crescimento do chamado emprego precário, com baixos salários ou sem remuneração.
Na análise do economista Marcio Pochmann, os postos abertos em 2001 e 2002 serviram como "estratégia de sobrevivência precária", pois, disse, 96,3% deles foram para pessoas não-remuneradas ou com renda inferior a um salário mínimo.
"Desemprego ou empregos precários e mal remunerados. Este é o resultado de uma década sem crescimento econômico. Isso porque o ajuste do mercado de trabalho tem se dado pela ocupação precária", disse ele.
O economista João Saboia, da UFRJ, afirma que, se não há crescimento, não há geração de bons empregos, mas de empregos precários: "As pessoas entraram e se ocuparam mal, ganhando rendas baixas, tanto que a renda caiu. As pessoas podem até se ocupar, mas vão ganhar menos, não tem alternativa".
Na divisão por posição na ocupação, a que mais cresceu foi a de trabalhadores na produção para o próprio consumo (7,5%), seguidos dos empregadores (4,2%).
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