Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/10/2003 - 06h12

Lula não cai no "Caiga Quien Caiga" da TV argentina

Publicidade

da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

Uma equipe do "CQC - Caiga Quien Caiga" (uma espécie de "Casseta & Planeta" argentino, mas bem mais político) perseguiu ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o dia inteiro, mas o presidente não caiu, em parte graças aos safanões que o chefe do Cerimonial da Presidência, Ruy Casaes, aplicou aos perseguidores.

Ao final do dia, a equipe festejou um único troféu. "Ao menos pegamos os quatro dedos", sussurrou o repórter ao cinegrafista, depois da última tentativa de ouvir Lula, quando o presidente deixava o Congresso argentino, em alusão ao fato de que Lula tem apenas quatro dedos numa das mãos.

Frase politicamente incorreta? É precisamente a característica do "Caiga Quien Caiga", que não hesitou em perguntar ao chanceler argentino Rafael Bielsa, que havia acabado de voltar de Cuba: "Fidel Castro está gagá?".

O chanceler não perdeu a pose de lorde que o caracteriza. "Qué nada. Hay Fidel para rato", respondeu, com a expressão espanhola que quer dizer que o presidente cubano ficará muito tempo no comando.

Sabedor da fama irreverente do grupo, o embaixador Ruy Casaes se atirou contra a equipe argentina para evitar que ela conseguisse chegar perto de Lula, quando o presidente deixava o hotel Sheraton após falar a empresários dos dois países. Lula não caiu.

"Difícil, mas gostoso"

Antes, pela manhã, Lula fez uma avaliação do ofício de presidente. Disse que ser presidente é "difícil", mas "é gostoso, porque oferece a oportunidade de viajar bastante".

A avaliação foi exposta a um grupo de crianças argentinas que escolheram o português para estudar como segunda língua, num programa especial de escolas da Argentina.

"Falamos de coisas de nossa escola", contou Alexis Maximiano López, 9, orgulhoso de seu português, que incluiu palavras inexistentes em espanhol, como "menino".

Foi ele quem disse que Lula achava "difícil" ser presidente. Mas sua colega Florencia, também de nove anos, contou o resto, o lado "gostoso", pelo fato de poder viajar muito.

Se é "gostoso", Lula vai continuar gostando da Presidência. Aos empresários aos quais discursou mais tarde, o presidente anunciou uma viagem atrás da outra, a partir de novembro, a países da África e da Ásia.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página