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20/10/2003
-
08h08
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
JULIA DUAILIBI
da Folha de S.Paulo
O governador Geraldo Alckmin intensificou sua atuação nos bastidores do PSDB em torno da escolha do nome do candidato do partido a prefeito de São Paulo e está próximo de consolidar o lançamento de um de seus secretários à disputa. Dois movimentos do tucano nas últimas semanas indicam que ele assumiu o controle das articulações, deixando para trás a direção nacional e até "históricos" como Fernando Henrique Cardoso e José Serra.
Com o aval de Alckmin, o deputado estadual Edson Aparecido será o coordenador da campanha tucana na capital. Aparecido, em um movimento pouco usual na política, deixará o comando do PSDB no Estado para controlar o diretório municipal do partido em São Paulo. O deputado é um dos mais fiéis aliados de Alckmin.
O governador também afirmou a vereadores do partido, que o indagaram sobre a escolha, que o candidato será "um nome novo no cenário político".
Tucanos ouvidos pela Folha interpretaram a frase como um sinal de que os secretários Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança) e Gabriel Chalita (Educação), que nunca disputaram uma eleição, são os mais cotados para enfrentar a prefeita Marta Suplicy (PT).
Arnaldo Madeira (Casa Civil), que também faz parte da lista de prováveis candidatos, foi líder do governo FHC na Câmara.
Pelos menos três outros tucanos sonham em disputar a Prefeitura de São Paulo: os deputados federais Zulaiê Cobra e Walter Feldman e o presidente nacional do PSDB, José Aníbal. O último contaria com o apoio de Serra.
A senha para que o governador intensificasse sua atuação foi a pesquisa feita pelo instituto Ipsos-Opinion entre o final de agosto e o início do último mês, segundo a qual Alckmin teve nota média de 6,8 dada pelos entrevistados.
O raciocínio do grupo próximo ao governador é que um candidato intimamente ligado ao Palácio dos Bandeirantes teria mais chances de receber parte da boa avaliação de Alckmin. Abreu Filho, que filiou-se recentemente ao PSDB, leva vantagem hoje sobre Chalita, mas, por comandar uma área instável como a segurança, ainda não está definitivamente cacifado.
"Se você fizer uma pesquisa com a população sobre os temas que mais a preocupam, em primeiríssimo lugar está o emprego. O segundo é a segurança", disse o governador paulista.
De acordo com a mesma pesquisa, as duas áreas em que o governador é melhor avaliado são segurança e educação, respectivamente. Enquanto trabalha nos bastidores, Alckmin tem repetido que o nome só será conhecido em 2004. "Não é hora agora de estar discutindo isso", disse ele.
Sem um candidato, o PSDB trabalha nas alianças. "Nosso aliado preferencial será o PFL. Mas também estamos buscando o PTB e o PSB", afirmou Aparecido.
Alckmin já articula de olho em 2004
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JULIA DUAILIBI
da Folha de S.Paulo
O governador Geraldo Alckmin intensificou sua atuação nos bastidores do PSDB em torno da escolha do nome do candidato do partido a prefeito de São Paulo e está próximo de consolidar o lançamento de um de seus secretários à disputa. Dois movimentos do tucano nas últimas semanas indicam que ele assumiu o controle das articulações, deixando para trás a direção nacional e até "históricos" como Fernando Henrique Cardoso e José Serra.
Com o aval de Alckmin, o deputado estadual Edson Aparecido será o coordenador da campanha tucana na capital. Aparecido, em um movimento pouco usual na política, deixará o comando do PSDB no Estado para controlar o diretório municipal do partido em São Paulo. O deputado é um dos mais fiéis aliados de Alckmin.
O governador também afirmou a vereadores do partido, que o indagaram sobre a escolha, que o candidato será "um nome novo no cenário político".
Tucanos ouvidos pela Folha interpretaram a frase como um sinal de que os secretários Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança) e Gabriel Chalita (Educação), que nunca disputaram uma eleição, são os mais cotados para enfrentar a prefeita Marta Suplicy (PT).
Arnaldo Madeira (Casa Civil), que também faz parte da lista de prováveis candidatos, foi líder do governo FHC na Câmara.
Pelos menos três outros tucanos sonham em disputar a Prefeitura de São Paulo: os deputados federais Zulaiê Cobra e Walter Feldman e o presidente nacional do PSDB, José Aníbal. O último contaria com o apoio de Serra.
A senha para que o governador intensificasse sua atuação foi a pesquisa feita pelo instituto Ipsos-Opinion entre o final de agosto e o início do último mês, segundo a qual Alckmin teve nota média de 6,8 dada pelos entrevistados.
O raciocínio do grupo próximo ao governador é que um candidato intimamente ligado ao Palácio dos Bandeirantes teria mais chances de receber parte da boa avaliação de Alckmin. Abreu Filho, que filiou-se recentemente ao PSDB, leva vantagem hoje sobre Chalita, mas, por comandar uma área instável como a segurança, ainda não está definitivamente cacifado.
"Se você fizer uma pesquisa com a população sobre os temas que mais a preocupam, em primeiríssimo lugar está o emprego. O segundo é a segurança", disse o governador paulista.
De acordo com a mesma pesquisa, as duas áreas em que o governador é melhor avaliado são segurança e educação, respectivamente. Enquanto trabalha nos bastidores, Alckmin tem repetido que o nome só será conhecido em 2004. "Não é hora agora de estar discutindo isso", disse ele.
Sem um candidato, o PSDB trabalha nas alianças. "Nosso aliado preferencial será o PFL. Mas também estamos buscando o PTB e o PSB", afirmou Aparecido.
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