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10/11/2003
-
07h04
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Mal começaram as discussões para a formação de um novo partido de esquerda e os radicais do PT e o PSTU já divergem e podem nem formar a aliança.
No sábado, os deputados federais João Batista de Araújo, o Babá (PT), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE), que já se consideram expulsos do PT, debateram a nova legenda no Fórum Social Brasileiro, no estacionamento do Mineirão, em Belo Horizonte.
A discussão ocorreu na tenda do Movimento Somos Todos Radicais. Lá estava apenas uma ala dissidente do PSTU.
A 15 passos dali, o PSTU montou a sua própria tenda, a Socialista, e, duas horas depois do debate dos petistas, fez uma outra discussão, com a presença do movimento Reage PT, do Rio.
Entre as vertentes da esquerda há pelo menos duas divergências, que, de acordo com o deputado Babá e o presidente do PSTU, José Maria de Almeida, não são programáticas, mas de tempo e de espaço interno.
Divergências
Os dissidentes petistas acham que o novo partido deve possuir tendências internas, como no PT, mas o PSTU discorda.
O PSTU, formado em 1994 a partir de uma dissidência do PT, quer atravessar todo o próximo ano discutindo a nova legenda.
Os petistas defendem que o lançamento do partido ocorra até o próximo mês de junho. Para isso, contam com apoio da senadora alagoana Heloísa Helena, também ameaçada de expulsão do petismo. Eles já têm em mente até um nome para a nova legenda: Partido dos Trabalhadores Socialistas, o PTS.
"Se não houver concordância, cada um vai para o seu lado. Junho não é um prazo tão curto nem tão longo", avisa de antemão o deputado Babá.
"É preciso evitar construir um partido sem consistência, que daqui cinco ou seis anos vire um novo PT ou venha a se dividir. O tempo deve ser o necessário para fazermos o debate", diz José Maria de Almeida.
"Tem que ser um partido radicalmente democrático, que permita amplas tendências. Tem que haver discussões na base", disse Luciana Genro ao encerrar sua fala na reunião dos radicais.
"As tendências facilitam o processo eleitoral interno, mas dificultam o rumo político", rebate o presidente do PSTU.
Criação de partido já divide radicais
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Mal começaram as discussões para a formação de um novo partido de esquerda e os radicais do PT e o PSTU já divergem e podem nem formar a aliança.
No sábado, os deputados federais João Batista de Araújo, o Babá (PT), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE), que já se consideram expulsos do PT, debateram a nova legenda no Fórum Social Brasileiro, no estacionamento do Mineirão, em Belo Horizonte.
A discussão ocorreu na tenda do Movimento Somos Todos Radicais. Lá estava apenas uma ala dissidente do PSTU.
A 15 passos dali, o PSTU montou a sua própria tenda, a Socialista, e, duas horas depois do debate dos petistas, fez uma outra discussão, com a presença do movimento Reage PT, do Rio.
Entre as vertentes da esquerda há pelo menos duas divergências, que, de acordo com o deputado Babá e o presidente do PSTU, José Maria de Almeida, não são programáticas, mas de tempo e de espaço interno.
Divergências
Os dissidentes petistas acham que o novo partido deve possuir tendências internas, como no PT, mas o PSTU discorda.
O PSTU, formado em 1994 a partir de uma dissidência do PT, quer atravessar todo o próximo ano discutindo a nova legenda.
Os petistas defendem que o lançamento do partido ocorra até o próximo mês de junho. Para isso, contam com apoio da senadora alagoana Heloísa Helena, também ameaçada de expulsão do petismo. Eles já têm em mente até um nome para a nova legenda: Partido dos Trabalhadores Socialistas, o PTS.
"Se não houver concordância, cada um vai para o seu lado. Junho não é um prazo tão curto nem tão longo", avisa de antemão o deputado Babá.
"É preciso evitar construir um partido sem consistência, que daqui cinco ou seis anos vire um novo PT ou venha a se dividir. O tempo deve ser o necessário para fazermos o debate", diz José Maria de Almeida.
"Tem que ser um partido radicalmente democrático, que permita amplas tendências. Tem que haver discussões na base", disse Luciana Genro ao encerrar sua fala na reunião dos radicais.
"As tendências facilitam o processo eleitoral interno, mas dificultam o rumo político", rebate o presidente do PSTU.
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