Publicidade
Publicidade
12/11/2003
-
13h21
CAMILO TOSCANO
da Folha Online, em Brasília
O impasse criado entre o governo e senadores do PT que resistem em votar a favor da reforma da Previdência poderá culminar na saída do vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), do partido.
Ele participou hoje de reunião da bancada de senadores petistas, na qual recebeu um "apelo" para votar a favor da proposta. O encontro teve a participação do ministro da Casa Civil, José Dirceu, e do presidente do PT, José Genoino.
Dizendo-se "chateado" com a situação, Paim reafirmou à bancada que não vai votar a favor da reforma em três pontos: taxação dos inativos, fim da paridade entre servidores da ativa e aposentados e regras de transição.
"É claro que não vou chorar, mas que estou chateado, estou. Não gostaria de chegar a esse impasse e tentarei ainda buscar uma saída", afirmou. "Deixei muito claro ao presidente Genoino, para o ministro José Dirceu e para a bancada que meu voto depende de negociação na questão da transição, da paridade e da contribuição dos inativos."
Núcleo duro
Para Paim, a cúpula do governo tem sido muito dura ao tratar do tema, ameaçando os resistentes com expulsão --além dele, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) também está sob ameaça.
Genoino e Dirceu sugeriram que o vice-presidente do Senado apresentasse um voto em separado (para marcar posição), mas que acompanhasse a bancada.
Segundo ele, Dirceu chegou a afirmar que "às vezes tem questões de foro íntimo que pode discordar, mas que acaba defendendo publicamente". Paim respondeu que sua posição é "questão de princípio" e que, por isso, não vai apresentar voto em separado.
O presidente do PT, então, voltou a comunicá-lo que poderá ser aberto um processo de expulsão contra ele no partido. "Se por ventura for encaminhado pedido de expulsão ao conselho de ética, não vou me submeter a esse constrangimento, nem deixar o partido nesse constrangimento. Eu me retiro com a maior tranquilidade", disse Paim.
Impasse pode levar vice-presidente do Senado a deixar o PT
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O impasse criado entre o governo e senadores do PT que resistem em votar a favor da reforma da Previdência poderá culminar na saída do vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), do partido.
Ele participou hoje de reunião da bancada de senadores petistas, na qual recebeu um "apelo" para votar a favor da proposta. O encontro teve a participação do ministro da Casa Civil, José Dirceu, e do presidente do PT, José Genoino.
Dizendo-se "chateado" com a situação, Paim reafirmou à bancada que não vai votar a favor da reforma em três pontos: taxação dos inativos, fim da paridade entre servidores da ativa e aposentados e regras de transição.
"É claro que não vou chorar, mas que estou chateado, estou. Não gostaria de chegar a esse impasse e tentarei ainda buscar uma saída", afirmou. "Deixei muito claro ao presidente Genoino, para o ministro José Dirceu e para a bancada que meu voto depende de negociação na questão da transição, da paridade e da contribuição dos inativos."
Núcleo duro
Para Paim, a cúpula do governo tem sido muito dura ao tratar do tema, ameaçando os resistentes com expulsão --além dele, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) também está sob ameaça.
Genoino e Dirceu sugeriram que o vice-presidente do Senado apresentasse um voto em separado (para marcar posição), mas que acompanhasse a bancada.
Segundo ele, Dirceu chegou a afirmar que "às vezes tem questões de foro íntimo que pode discordar, mas que acaba defendendo publicamente". Paim respondeu que sua posição é "questão de princípio" e que, por isso, não vai apresentar voto em separado.
O presidente do PT, então, voltou a comunicá-lo que poderá ser aberto um processo de expulsão contra ele no partido. "Se por ventura for encaminhado pedido de expulsão ao conselho de ética, não vou me submeter a esse constrangimento, nem deixar o partido nesse constrangimento. Eu me retiro com a maior tranquilidade", disse Paim.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice