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13/11/2003
-
20h53
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
Um grupo de posseiros de terra colocou fogo, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), em uma ponte de madeira na BR-158 para impedir a passagem de 200 índios xavantes em Alto Boa Vista (1.064 km de Cuiabá) em Mato Grosso. Os índios seguiam em direção a uma área de 176 mil hectares que afirmam ser terra indígena.
Pelo menos cem posseiros, segundo estimativa da PM (Polícia Militar), bloquearam anteontem a passagem dos índios. Ontem equipes da PRF e da Funai (Fundação Nacional do Índio) foram à região, mas não tinham chegado ao local até as 18h (horário de Brasília).
Ainda segundo a PRF, índios e posseiros estão separados apenas pela ponte que ficou parcialmente queimada. A PM informou que os xavantes estão com armas de fogo. Na versão da Funai, os posseiros usam revólveres para fazer ameaças.
Os índios, segundo da PM, cobram até R$ 300 de cada motorista para liberar os carros que ficam retidos no bloqueio.
O posto mais próximo da PRF está a 400 km da área de conflito. Parte da estrada não tem asfalto.
O tráfego de carros e caminhões na rodovia que liga Mato Grosso ao Pará foi desviado. Os motoristas precisam percorrer 120 km a mais para contornar a ponte.
O administrador regional da Funai em Água Boa (736 km de Cuiabá), Eovaldo Gomes, 44, disse que os índios foram retirados da terra indígena chamada de Marãwtseda em 1966.
Desde então passaram por quatro áreas de outros povos indígenas, de onde foram expulsos, e tentam agora retornar à terra de origem.
Gomes afirma que a reserva está registrada em cartório como área indígena e foi invadida por fazendeiros e posseiros..
A PM em Alto Boa Vista informou que há dez anos pequenos proprietários rurais estão na área reivindicada pelos índios. Eles tomaram posse em 1993 da antiga fazenda Suiá-Missu.
Posseiros põem fogo em ponte para impedir passagem de índios
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da Agência Folha, em Campo Grande
Um grupo de posseiros de terra colocou fogo, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), em uma ponte de madeira na BR-158 para impedir a passagem de 200 índios xavantes em Alto Boa Vista (1.064 km de Cuiabá) em Mato Grosso. Os índios seguiam em direção a uma área de 176 mil hectares que afirmam ser terra indígena.
Pelo menos cem posseiros, segundo estimativa da PM (Polícia Militar), bloquearam anteontem a passagem dos índios. Ontem equipes da PRF e da Funai (Fundação Nacional do Índio) foram à região, mas não tinham chegado ao local até as 18h (horário de Brasília).
Ainda segundo a PRF, índios e posseiros estão separados apenas pela ponte que ficou parcialmente queimada. A PM informou que os xavantes estão com armas de fogo. Na versão da Funai, os posseiros usam revólveres para fazer ameaças.
Os índios, segundo da PM, cobram até R$ 300 de cada motorista para liberar os carros que ficam retidos no bloqueio.
O posto mais próximo da PRF está a 400 km da área de conflito. Parte da estrada não tem asfalto.
O tráfego de carros e caminhões na rodovia que liga Mato Grosso ao Pará foi desviado. Os motoristas precisam percorrer 120 km a mais para contornar a ponte.
O administrador regional da Funai em Água Boa (736 km de Cuiabá), Eovaldo Gomes, 44, disse que os índios foram retirados da terra indígena chamada de Marãwtseda em 1966.
Desde então passaram por quatro áreas de outros povos indígenas, de onde foram expulsos, e tentam agora retornar à terra de origem.
Gomes afirma que a reserva está registrada em cartório como área indígena e foi invadida por fazendeiros e posseiros..
A PM em Alto Boa Vista informou que há dez anos pequenos proprietários rurais estão na área reivindicada pelos índios. Eles tomaram posse em 1993 da antiga fazenda Suiá-Missu.
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