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19/11/2003
-
23h00
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Lavradores de Pernambuco promoveram hoje em Recife uma caminhada para reivindicar mais recursos no campo, educação rural e reforma agrária.
Portando bandeiras de MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CPT (Comissão Pastoral da Terra) e MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), o grupo, inicialmente dividido em duas alas, caminhou até o parque de exposições da cidade, onde está sediada a Secretaria estadual da Produção Rural.
Parte dos lavradores saiu de Moreno, na Grande Recife, no início da manhã, e percorreu um trecho da BR-232 até chegar à capital. Na entrada da cidade eles se uniram ao outro grupo, que estava na rodoviária.
A passagem dos manifestantes provocou transtornos no trânsito, mas não houve confrontos. A Polícia Militar acompanhou os trabalhadores rurais.
Rio Grande do Sul
O MST e o MPA realizaram atos públicos hoje em diferentes pontos do centro de Porto Alegre. São os 2.200 integrantes de três marchas que os movimentos realizaram desde ontem.
Um grupo de integrantes do MST caminhou durante três horas entre a ponte do Guaíba e a Praça da Matriz (em frente ao Palácio Piratini, a sede do governo gaúcho), onde realizou protesto pela reforma agrária.
Enquanto isso, 1.800 integrantes do MPA montaram acampamento em frente à sede do Banco Central, pedindo mais recursos para a agricultura familiar.
O objetivo dos dois grupos é manter a mobilização unificada até sexta-feira, quando irão se somar à Marcha dos Sem, organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais e que pretende chegar a Brasília.
As marchas tiveram os seguintes trajetos: de São Jerônimo (68 km de Porto Alegre), partiram 400 sem-terra, que realizaram antes de sair um ato público em frente ao fórum local. Os sem-terra protestam contra o que definem como criminalização do movimento e pedem a intensificação dos assentamentos --dizem que, no Rio Grande do Sul, foram assentadas apenas 52 famílias.
As duas marchas do MPA foram integradas por 900 pessoas que partiram de São Leopoldo (33 km de Porto Alegre) e outras 900 que saíram de Canoas (região metropolitana da capital gaúcha).
Da parte do MPA, as principais reivindicações se referem ao aumento na concessão de crédito para a agricultura familiar e da habitação camponesa, o estabelecimento de um seguro agrícola nacional e, também, reforma agrária.
"Há uma intenção de criminalizar o movimento, em uma orquestração entre certos setores oficiais. Foram feitas varreduras em alguns acampamentos nossos, com ações truculentas, e sabemos que haverá mais", afirmou Miguel Stedile, coordenador do MST no Rio Grande do Sul.
Sem-terra fazem caminhada em PE e no RS
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da Agência Folha, em Recife
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Lavradores de Pernambuco promoveram hoje em Recife uma caminhada para reivindicar mais recursos no campo, educação rural e reforma agrária.
Portando bandeiras de MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CPT (Comissão Pastoral da Terra) e MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), o grupo, inicialmente dividido em duas alas, caminhou até o parque de exposições da cidade, onde está sediada a Secretaria estadual da Produção Rural.
Parte dos lavradores saiu de Moreno, na Grande Recife, no início da manhã, e percorreu um trecho da BR-232 até chegar à capital. Na entrada da cidade eles se uniram ao outro grupo, que estava na rodoviária.
A passagem dos manifestantes provocou transtornos no trânsito, mas não houve confrontos. A Polícia Militar acompanhou os trabalhadores rurais.
Rio Grande do Sul
O MST e o MPA realizaram atos públicos hoje em diferentes pontos do centro de Porto Alegre. São os 2.200 integrantes de três marchas que os movimentos realizaram desde ontem.
Um grupo de integrantes do MST caminhou durante três horas entre a ponte do Guaíba e a Praça da Matriz (em frente ao Palácio Piratini, a sede do governo gaúcho), onde realizou protesto pela reforma agrária.
Enquanto isso, 1.800 integrantes do MPA montaram acampamento em frente à sede do Banco Central, pedindo mais recursos para a agricultura familiar.
O objetivo dos dois grupos é manter a mobilização unificada até sexta-feira, quando irão se somar à Marcha dos Sem, organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais e que pretende chegar a Brasília.
As marchas tiveram os seguintes trajetos: de São Jerônimo (68 km de Porto Alegre), partiram 400 sem-terra, que realizaram antes de sair um ato público em frente ao fórum local. Os sem-terra protestam contra o que definem como criminalização do movimento e pedem a intensificação dos assentamentos --dizem que, no Rio Grande do Sul, foram assentadas apenas 52 famílias.
As duas marchas do MPA foram integradas por 900 pessoas que partiram de São Leopoldo (33 km de Porto Alegre) e outras 900 que saíram de Canoas (região metropolitana da capital gaúcha).
Da parte do MPA, as principais reivindicações se referem ao aumento na concessão de crédito para a agricultura familiar e da habitação camponesa, o estabelecimento de um seguro agrícola nacional e, também, reforma agrária.
"Há uma intenção de criminalizar o movimento, em uma orquestração entre certos setores oficiais. Foram feitas varreduras em alguns acampamentos nossos, com ações truculentas, e sabemos que haverá mais", afirmou Miguel Stedile, coordenador do MST no Rio Grande do Sul.
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