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20/11/2003
-
21h17
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Porto Alegre foi cenário hoje de invasões a prédios públicos promovidas por mais de 2.000 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados). Primeiro, o MST e o MTD invadiram o gabinete do secretário estadual de Reforma Agrária. Depois, o MPA invadiu o saguão do prédio da Receita Federal na capital gaúcha.
A respeito de uma trégua com o governo federal, o coordenador do MST gaúcho Mário Lill afirmou: "Nós não utilizamos o termo trégua. O que temos é disposição para a negociação e estamos mobilizados para isso".
Os manifestantes do MPA permaneceram no saguão da Receita por 20 minutos, mantendo-se, depois, acampados no pátio. São os mesmos 1.800 que chegaram de duas marchas realizadas de São Leopoldo e Canoas até Porto Alegre e que pretendem se manter mobilizados na cidade até hoje.
No momento da invasão, alguns contribuintes e funcionários não puderam deixar o local, o que provocou um princípio de confusão, em seguida resolvido. Uma porta ficou destruída.
O MPA pede a liberação de recursos pelo governo federal principalmente para a habitação rural, o estabelecimento de um seguro agrícola e financiamento para a reestruturação de propriedades.
Integrantes do MST estavam, enquanto isso, acampados no pátio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que se localiza justamente ao lado do prédio da Receita Federal.
Em outro protesto paralelo, 120 integrantes do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados) e 80 do MST haviam invadido, no início da manhã, o gabinete da secretaria estadual. Pedindo audiência com o secretário Vulmar Leite, eles reivindicam liberação de recursos para habitação e assentamentos no Rio Grande do Sul, além da liberação de recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar para assentamentos de Caxias do Sul e Gravataí e a legalização dessas áreas.
De acordo com Mauro Cruz, um dos líderes do MTD, cerca de 200 famílias cadastradas nesses assentamentos aguardam desde o início do ano liberação de verbas prometidas pelos governos federal e estadual.
Os manifestantes do MST reivindicam ao secretário a desapropriação de terras na região de São Jerônimo para o assentamento de famílias que estão acampadas no município e a liberação de crédito para a agricultura familiar.
Movimentos sociais invadem prédios públicos em Porto Alegre
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da Agência Folha, em Porto Alegre
Porto Alegre foi cenário hoje de invasões a prédios públicos promovidas por mais de 2.000 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados). Primeiro, o MST e o MTD invadiram o gabinete do secretário estadual de Reforma Agrária. Depois, o MPA invadiu o saguão do prédio da Receita Federal na capital gaúcha.
A respeito de uma trégua com o governo federal, o coordenador do MST gaúcho Mário Lill afirmou: "Nós não utilizamos o termo trégua. O que temos é disposição para a negociação e estamos mobilizados para isso".
Os manifestantes do MPA permaneceram no saguão da Receita por 20 minutos, mantendo-se, depois, acampados no pátio. São os mesmos 1.800 que chegaram de duas marchas realizadas de São Leopoldo e Canoas até Porto Alegre e que pretendem se manter mobilizados na cidade até hoje.
No momento da invasão, alguns contribuintes e funcionários não puderam deixar o local, o que provocou um princípio de confusão, em seguida resolvido. Uma porta ficou destruída.
O MPA pede a liberação de recursos pelo governo federal principalmente para a habitação rural, o estabelecimento de um seguro agrícola e financiamento para a reestruturação de propriedades.
Integrantes do MST estavam, enquanto isso, acampados no pátio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que se localiza justamente ao lado do prédio da Receita Federal.
Em outro protesto paralelo, 120 integrantes do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados) e 80 do MST haviam invadido, no início da manhã, o gabinete da secretaria estadual. Pedindo audiência com o secretário Vulmar Leite, eles reivindicam liberação de recursos para habitação e assentamentos no Rio Grande do Sul, além da liberação de recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar para assentamentos de Caxias do Sul e Gravataí e a legalização dessas áreas.
De acordo com Mauro Cruz, um dos líderes do MTD, cerca de 200 famílias cadastradas nesses assentamentos aguardam desde o início do ano liberação de verbas prometidas pelos governos federal e estadual.
Os manifestantes do MST reivindicam ao secretário a desapropriação de terras na região de São Jerônimo para o assentamento de famílias que estão acampadas no município e a liberação de crédito para a agricultura familiar.
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