Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/11/2003 - 06h19

Sem-terra do RS negam trégua e invadem prédios

Publicidade

LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Porto Alegre foi cenário ontem de invasões de prédios públicos promovidas por mais de 2.000 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados).

Primeiro, o MST e o MTD invadiram o gabinete do secretário estadual de Reforma Agrária. Depois, o MPA invadiu o saguão do prédio da Receita Federal na capital gaúcha.

Sobre uma trégua com o governo federal, o coordenador do MST gaúcho Mário Lill disse: "Nós não utilizamos o termo trégua. O que temos é disposição para a negociação e estamos mobilizados para isso".

Os manifestantes do MPA permaneceram no saguão da Receita por 20 minutos e depois ficaram acampados no pátio. São os mesmos 1.800 que chegaram de duas marchas realizadas a partir de São Leopoldo e de Canoas, que devem permanecer na cidade até hoje.

No instante da invasão, alguns contribuintes e funcionários não puderam deixar o local, o que provocou certo tumulto, logo resolvido. Uma porta, porém, foi destruída.

O MPA exige do governo federal recursos para habitação rural, financiamentos para a reestruturação de propriedades e o estabelecimento de um seguro agrícola. Enquanto isso, integrantes do MST ficaram no pátio do Incra, situado ao lado do prédio da Receita Federal.

Em um protesto paralelo, 120 integrantes do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados) e 80 do MST haviam invadido, no início da manhã, o gabinete da secretaria estadual. Pedindo audiência com o secretário Vulmar Leite, eles reivindicam liberação de recursos para habitação e assentamentos no Estado, além da liberação de recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar para assentamentos de Caxias do Sul e Gravataí e a legalização dessas áreas.

De acordo com Mauro Cruz, um dos líderes do MTD, cerca de 200 famílias cadastradas nesses assentamentos aguardam desde o início do ano liberação de verbas prometidas pelos governos federal e estadual.

Os manifestantes do MST reivindicam ao secretário a desapropriação de terras na região de São Jerônimo para o assentamento de famílias que estão acampadas no município.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página