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25/11/2003
-
11h47
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), ainda não decidiu se votará a favor da reforma da Previdência. A proposta, já aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, deverá ser analisada hoje em plenário.
Nesta manhã, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o presidente do PT, José Genoino, se reuniram com Paim para tentar convencê-lo a apoiar a reforma.
Paim, no entanto, permanece indeciso e só deverá definir o seu voto após uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Até o momento nós não conseguimos construir um entendimento. Por isso é que não dá para assegurar o voto a favor ou contra sem que haja essa conversa que estamos a fazer. Eu ainda vou conversar por telefone com o presidente Lula."
Condições
Ele coloca como condição para votar com o governo a garantia de que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) paralela também será votada neste ano. Para Paim, se houver "vontade política" a matéria pode ser votada em 60 dias na Câmara e no Senado. A emenda trata dos temas mais polêmicos da reforma, como a regra de transição, a paridade (reajustes da ativa valem para inativos) e a contribuição dos inativos.
"Nós temos que ter a garantia de todos os envolvidos de que essa matéria [PEC paralela] será votada da mesma forma que foi votada a PEC principal. Isso tem que ser garantido. Qualquer entendimento passa por esse pressuposto", disse.
E completou afirmando que "não se pode encerrar o ano legislativo sem votar tudo o que tratar da Previdência". "Se não avançar na negociação cada um votará de acordo com a sua consciência."
Confiança
Mesmo com as declarações de Paim, Mercadante e Genoino manifestaram confiança de que ele votará a favor da reforma. O governo tentará construir um acordo de procedimento de votação pelo qual só serão votados oito destaques.
"Temos convicção de que ele estará conosco nesse momento. Temos o apoio do senador Paim. Vamos entrar com um acordo de procedimento. Serão oito destaques que irão a voto", disse Mercadante.
O presidente do PT também mostrou confiar no voto do senador gaúcho. Ele lembrou que a sigla precisa dar uma demonstração de unidade antes da votação, porque isso repercutiria positivamente nas bancadas aliadas e na oposição.
"Nós estamos confiantes de que vamos ter o voto da quase totalidade da bancada do Senado. Temos confiança no espírito partidário do senador Paim. Eu estou convencendo, estou explicando e estou mostrando a importância da reforma para a bancada. O parlamentar pode marcar posição, pode declarar seu voto, mas é fundamental ele votar favorável", afirmou Genoino.
Paim diz que ainda está indeciso sobre voto na reforma
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da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), ainda não decidiu se votará a favor da reforma da Previdência. A proposta, já aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, deverá ser analisada hoje em plenário.
Nesta manhã, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o presidente do PT, José Genoino, se reuniram com Paim para tentar convencê-lo a apoiar a reforma.
Paim, no entanto, permanece indeciso e só deverá definir o seu voto após uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Até o momento nós não conseguimos construir um entendimento. Por isso é que não dá para assegurar o voto a favor ou contra sem que haja essa conversa que estamos a fazer. Eu ainda vou conversar por telefone com o presidente Lula."
Condições
Ele coloca como condição para votar com o governo a garantia de que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) paralela também será votada neste ano. Para Paim, se houver "vontade política" a matéria pode ser votada em 60 dias na Câmara e no Senado. A emenda trata dos temas mais polêmicos da reforma, como a regra de transição, a paridade (reajustes da ativa valem para inativos) e a contribuição dos inativos.
"Nós temos que ter a garantia de todos os envolvidos de que essa matéria [PEC paralela] será votada da mesma forma que foi votada a PEC principal. Isso tem que ser garantido. Qualquer entendimento passa por esse pressuposto", disse.
E completou afirmando que "não se pode encerrar o ano legislativo sem votar tudo o que tratar da Previdência". "Se não avançar na negociação cada um votará de acordo com a sua consciência."
Confiança
Mesmo com as declarações de Paim, Mercadante e Genoino manifestaram confiança de que ele votará a favor da reforma. O governo tentará construir um acordo de procedimento de votação pelo qual só serão votados oito destaques.
"Temos convicção de que ele estará conosco nesse momento. Temos o apoio do senador Paim. Vamos entrar com um acordo de procedimento. Serão oito destaques que irão a voto", disse Mercadante.
O presidente do PT também mostrou confiar no voto do senador gaúcho. Ele lembrou que a sigla precisa dar uma demonstração de unidade antes da votação, porque isso repercutiria positivamente nas bancadas aliadas e na oposição.
"Nós estamos confiantes de que vamos ter o voto da quase totalidade da bancada do Senado. Temos confiança no espírito partidário do senador Paim. Eu estou convencendo, estou explicando e estou mostrando a importância da reforma para a bancada. O parlamentar pode marcar posição, pode declarar seu voto, mas é fundamental ele votar favorável", afirmou Genoino.
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