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01/12/2003 - 20h05

Saiba quem é Flamarion Portela

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JAIRO MARQUES
da Agência Folha, em Boa Vista

Filho de agricultores que até hoje vivem no interior do Ceará, o atual governador de Roraima, Flamarion Portela (PT), 48, nunca sonhou em ser político e jamais pensou que um dia, segundo suas próprias palavras, seria a maior autoridade de um Estado.

Casado com Ângela Portela, 41, a quem chama de "minha filha", tem duas filhas.

"Meu pai até hoje mora numa vila no interior do Ceará perto do município onde nasci, Coreau. Fui para casa de parentes, na capital, muito novo, para poder estudar. Me formei em engenharia elétrica, em 1982, e vim para Roraima, onde estava meu irmão. Era uma época em que eu estava muito lascado, sem emprego."

Apesar de entender de eletricidade, foi tocando obras em Boa Vista que o petista, que começou no PSL (Partido Social Liberal) por uma "acomodação política", trabalhou a maior parte de sua carreira profissional.

"Sempre trabalhei como engenheiro da secretaria de Obras do Estado. Mas, em 1990, apoiei o Jucá [Romero Jucá (PMDB), senador] ao governo. Ele perdeu e acabei sendo encostado na Secretaria da Administração, onde não davam nada para eu fazer. Aí fui convidado para comandar a obra da Assembléia Legislativa do Estado e acabei me tornando lá encarregado de serviços gerais."

Portela se candidatou a vereador de Boa Vista, pelo PSL, em 1992, e foi eleito com 565 votos. Em seguida, foi convidado para ser secretário municipal de Obras.

Portela se elegeu deputado estadual em 1994. "Lembro até hoje do dia em que o Neudo [Campos] me convidou para ser seu vice. Foi em abril de 1998. Fiquei surpreso, mas aceitei o convite como um desafio. De repente, em 2002, quando eu pensava em ser candidato a deputado federal, ele deixa o governo e e eu assumo."

O petista declara que sempre foi um vice "recolhido" e de pouca interferência na administração. Já no comando do Estado, em 2002, Portela decide concorrer à reeleição. Chega a perder no primeiro turno para Ottomar Pinto, mas reverte a decisão no segundo turno. Durante a campanha era tido como desconhecido em várias partes de Roraima, segundo seus assessores mais próximos.

"Meus planos eram só estudar para ajudar minha família. Entrar na política nunca esteve em meus planos. No governo, nunca imaginei que iria encontrar tanta dificuldades. Tem horas que a gente faz uma reflexão: Meu Deus, será que tem de ser tão difícil, tem de ser dessa forma?"

O governador tem, de acordo com ele mesmo, "muito gosto por jogar bola" (torce pelo Flamengo) e só deixou de jogar porque adquiriu uma hérnia de disco.

A trajetória no Partido dos Trabalhares é recente. Começou em abril deste ano, segundo ele, por convites de José Genoino (presidente da sigla), José Dirceu (Casa Civil) e Silvio Pereira, secretário Nacional de Articulação Nacional do PT, que se tornaram seus "companheiros".
 

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