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01/12/2003
-
22h41
DAELCIO FREITAS
Editor de Brasil da Folha Online
A senadora Heloísa Helena (PT-AL) pretende fazer pessoalmente a sua defesa no processo de expulsão que o Diretório Nacional do partido deve julgar neste mês. Na reunião, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, a senadora pode se deparar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo informações do secretário de organização do PT, Silvio Pereira, Lula disse que pretende participar da reunião do Diretório que vai decidir o futuro dos chamados "radicais do partido". Como integrante do Diretório, Lula pode participar da votação.
Questionada sobre a possibilidade de se defender diante do presidente Lula, Heloísa Helena disse que não está preocupada com isso.
"É absolutamente normal que ele [Lula] esteja presente, afinal ele é, como eu, membro do Diretório Nacional. Isso não muda em absolutamente nada minha posição", disse.
AI-5
A senadora afirmou também que o fato de a data (13 de dezembro) da reunião do Diretório coincidir com o decreto do AI-5 [ato institucional que, de 1968 a 1978, cassou direitos políticos, durante o regime militar --1964 a 1985] deveria servir de lição para o PT.
"Eu espero que esse exemplo de intolerância da história do país não se repita", disse Helena, que conta com a possibilidade de que alguns membros do Diretório Nacional apresentem voto em separado a seu favor.
A reunião do Diretório foi adiada sucessivas vezes como manobra para que os radicais perdessem o prazo da Justiça eleitoral para concorrer às eleições municipais de 2004, além de esperar o posicionamento de Heloísa Helena na votação da reforma da Previdência no Senado. Helena, que tinha planos de sair candidata à Prefeitura de Maceió, votou contra o governo no primeiro turno, na semana passada.
Na reunião também se decidirá o futuro dos deputados Luciana Genro (RS), João Fontes (SE) e Babá (PA).
Desabafo de mãe
A senadora tentou minimizar as declarações de sua mãe, Helena Moraes, que em entrevista à Rádio Gazeta --que pertence à família do ex-presidente Fernando Collor de Mello--, de Alagoas, chamou o governo Lula de "terrorista".
Heloísa Helena classificou as palavras da mãe como um erro, mas justificou a atitude como "coisa de mãe."
"Foi um erro ela entrar no ar, mas mãe é mãe, faz essas coisas mesmo. Ela tomou a defesa da filha. Ficou envolvida ao ver meu sofrimento", disse.
Heloísa Helena deve fazer sua defesa diante de Lula
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Editor de Brasil da Folha Online
A senadora Heloísa Helena (PT-AL) pretende fazer pessoalmente a sua defesa no processo de expulsão que o Diretório Nacional do partido deve julgar neste mês. Na reunião, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, a senadora pode se deparar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo informações do secretário de organização do PT, Silvio Pereira, Lula disse que pretende participar da reunião do Diretório que vai decidir o futuro dos chamados "radicais do partido". Como integrante do Diretório, Lula pode participar da votação.
Questionada sobre a possibilidade de se defender diante do presidente Lula, Heloísa Helena disse que não está preocupada com isso.
"É absolutamente normal que ele [Lula] esteja presente, afinal ele é, como eu, membro do Diretório Nacional. Isso não muda em absolutamente nada minha posição", disse.
AI-5
A senadora afirmou também que o fato de a data (13 de dezembro) da reunião do Diretório coincidir com o decreto do AI-5 [ato institucional que, de 1968 a 1978, cassou direitos políticos, durante o regime militar --1964 a 1985] deveria servir de lição para o PT.
"Eu espero que esse exemplo de intolerância da história do país não se repita", disse Helena, que conta com a possibilidade de que alguns membros do Diretório Nacional apresentem voto em separado a seu favor.
A reunião do Diretório foi adiada sucessivas vezes como manobra para que os radicais perdessem o prazo da Justiça eleitoral para concorrer às eleições municipais de 2004, além de esperar o posicionamento de Heloísa Helena na votação da reforma da Previdência no Senado. Helena, que tinha planos de sair candidata à Prefeitura de Maceió, votou contra o governo no primeiro turno, na semana passada.
Na reunião também se decidirá o futuro dos deputados Luciana Genro (RS), João Fontes (SE) e Babá (PA).
Desabafo de mãe
A senadora tentou minimizar as declarações de sua mãe, Helena Moraes, que em entrevista à Rádio Gazeta --que pertence à família do ex-presidente Fernando Collor de Mello--, de Alagoas, chamou o governo Lula de "terrorista".
Heloísa Helena classificou as palavras da mãe como um erro, mas justificou a atitude como "coisa de mãe."
"Foi um erro ela entrar no ar, mas mãe é mãe, faz essas coisas mesmo. Ela tomou a defesa da filha. Ficou envolvida ao ver meu sofrimento", disse.
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