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02/12/2003 - 16h50

Ajufe rebate críticas de ex-governador de RR ao Judiciário

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da Folha Online

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) divulgou hoje nota oficial em que apóia a prisão do ex-governador de Roraima Neudo Campos (PP), e de outras 56 pessoas suspeitas de envolvimento no chamado "escândalo dos gafanhotos".

Segundo a nota, a declaração de Campos de que estaria sendo julgado "por um inimigo, e não por um juiz [Helder Cirão Barreto]", é "infeliz e equivocada, típica de quem não tem argumentos de defesa".

O "escândalo dos gafanhotos" revelou, de acordo com a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, uma fraude de cerca de R$ 230 milhões em recursos públicos estaduais e federais.

Há suspeita ainda de desvio de dinheiro obtido por meio de 24 convênios estaduais com a União, que totalizam R$ 225,5 milhões. A PF também apura fraudes relacionadas à apropriação de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Leia abaixo a nota oficial da Ajufe.

"NOTA OFICIAL - AJUFE

"Escândalo dos gafanhotos"

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) vem manifestar seu irrestrito apoio e solidariedade ao Juiz Federal Helder Girão Barreto, que decretou a prisão do ex-governador de Roraima, Neudo Campos, e de outras 56 pessoas envolvidas no chamado "escândalo dos gafanhotos".
A AJUFE repudia a afirmação do ex-governador, de que está sendo julgado por um "inimigo" e não por um juiz, declaração infeliz e equivocada, típica dos que, à falta de argumentos sólidos de defesa, optam por desqualificar as autoridades que enfrentam o poder político e dão prosseguimento a investigações de operações irregulares, como as que estão em curso em Roraima.

O juiz Helder Girão Barreto é magistrado de carreira respeitada, tendo agido no referido "escândalo dos gafanhotos" com independência e em consonância com os princípios constitucionais.

A AJUFE confia que prevaleça no caso a ordem Democrática, que pressupõe o pleno funcionamento dos Poderes, bem como o respeito recíproco entre eles. Ao Judiciário cabe analisar a legalidade dos atos dos outros Poderes e conduzir processos criminais determinando as procedências previstas em lei, como a prisão preventiva, sempre que se entender necessário. Como ex-governador que é, o sr. Neudo Campo disso certamente deve saber.

Vale lembrar, ainda, que atos jurisdicionais podem ser questionados pela via recursal própria, em que não têm sentido nem valor acusações como as reveladas pelo ex-governador.

Juiz Paulo Sérgio Domingues

Presidente da AJUFE"
 

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